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À Deriva #39 – Meu Amigo Sultão

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Eu tive um amigo, amigo. Amigo é bom a gente explicar
Porque a tal de amizade, em todos os cantos cidades, já deu muito o que falar.
Esse meu amigo que eu falo, Era o sultão, um cachorro, que eu encontrei lá no morro, no meio de uns gravatás.
Cachorro metido a lobo, perigoso, dificil de se criar, mas esse era mansinho, era fiotinho, novinho, cachorrinho sem nome estava morrendo de fome, que dava pena de olhar.
Então peguei, levei ele lá para casa, tratei, cuidei e lhe pus a lhe acarinhar
Então virou um amigo, um parente, um irmão, um filho, sei lá
Nesse tempo eu já vivia num rancho pobre que eu tinha, só eu e mais meu fiinho de 1 ano e meio, dois anos.
Minha mulher, coitadinha, com o Jãozinho ainda pequeno, acabou adoecendo, definhando, murchando e sem ter nenhum recurso, acabou assim, morrendo.
Eu fiquei desesperado com a morte da minha muié, eu quase perco a cabeça.
Mas eu juro por Deus, inté, por mais coisa que aconteça no mundo eu sei que não ai, com qualquer dor ou paixão, ainda mais se sendo um pai que tivé em seus cuidados um filhinho abençoado como o que eu tinha o meu jo
Então naquele ranchinho, era eu, o meu fiinho, e agora esse cachorrinho que eu batizei de Surtão

O Surtão logo incorpou, cachorro cresce depressa, né??? Um bicho grande ficou. Mas mesmo sendo grandão, dava gosto a gente olhar o meu menino e o cão, brincando lá no quintar, lá no terreiro de casa
Era igual a duas crianças, dois meninos inocentes brincando muito contente, dois passarinhos sem asas, era bonito de ver
uma tarde, ah tarde ingrata!!! Nem gosto de me alembra. Eu garrei a minha espingarda que eu tenho mó de caçar, porque é só assim que se come um naco de carne por lá. Deixei os dois ali brincando, e me afundei pela mata. Mata fechada, feia, escura e inté com o luar
Andei umas par de hora, me afundei pela mata afora e fui longe como um que. A noite caiu depressa, mas eu intretido a beça nem cheguei a perceber. De repente uma trovoada, relampago riscando o cÈu, as nuvens negra fromando como se fosse um chapéu.
Foi aÌ que num assombro, num susto de: Ai meu Deus!!! Disparou meu coração!!! Eu me alembrei de não ter deixado nenhum resto de comida para alimentar o surtão.

Ah!!! Desembestei feito loco, e a ideia poco a poco ia formando a desgraÁa, na minha cabeÁa eu via meu filhinho estraÁalhado pelo Sult„o esfomeado, por essa fera de raÁa
Fui correndo, correndo e caindo pelo caminho, pedindo a Deus um bucadinho de forÁa a mÛ de eu chegar a tempo de lhe salvar.
A tempestade mais forte, trazia um cheiro de morte em vez de cheiro de mato, parecia que aquele ingrato do mundo ia se acabar
Ah meu Deus!!! Cheguei no rancho e o que eu vi???
Minhas pernas bambio!!!
Saiu de dentro de casa, abanando o rabo para mim o Surt„o, ensanguentado. E eu mais que desesperado, j· n„o pensei em mais nada. Com minha arma ingatiada puxei sem dÛ e com reiva e no estrundo que ela deu, o surt„o rodopiando, caiu pertinho sangrando, morrendo nos pÈs de eu
Eu tava cego de medo de tudo o que eu imaginava, eu tava meio alocado, por isso fiz o que fiz
Nisso, saio do meu rancho o meu filhinho, S„o e salvo, inteirinho e quando olhou l· pro ch„o, ao invez de vir me abraÁar, saiu numa disparada, chorando chorando, e se abraÁando com o sult„o, ficou alÌ um temp„o. Depois me garrou na m„o e me levou intÈ a porta l· do rancho, aÌ nÛis entendemo tudo direitinho
SÛ pra salvar meu filhinho daquele grande perigo, o sult„o tinha matado em luta desesperada, uma grande onÁa das pintada
E eu… Eu matei meu amigo

______________________________________________

Texto “Meu Amigo Sultão: Alexfábio Custódio
Edição e masterização: Chico Gabriel
Vitrine: Chico Gabriel
ZIP: para baixar o podcast zipado, clique aqui.

Duração: 00h06min11s

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Eu tive um amigo, amigo. Amigo é bom a gente explicar
Porque a tal de amizade, em todos os cantos cidades, já deu muito o que falar.
Esse meu amigo que eu falo, Era o sultão, um cachorro, que eu encontrei lá no morro, no meio de uns gravatás.
Cachorro metido a lobo, perigoso, dificil de se criar, mas esse era mansinho, era fiotinho, novinho, cachorrinho sem nome estava morrendo de fome, que dava pena de olhar.
Então peguei, levei ele lá para casa, tratei, cuidei e lhe pus a lhe acarinhar
Então virou um amigo, um parente, um irmão, um filho, sei lá
Nesse tempo eu já vivia num rancho pobre que eu tinha, só eu e mais meu fiinho de 1 ano e meio, dois anos.
Minha mulher, coitadinha, com o Jãozinho ainda pequeno, acabou adoecendo, definhando, murchando e sem ter nenhum recurso, acabou assim, morrendo.
Eu fiquei desesperado com a morte da minha muié, eu quase perco a cabeça.
Mas eu juro por Deus, inté, por mais coisa que aconteça no mundo eu sei que não ai, com qualquer dor ou paixão, ainda mais se sendo um pai que tivé em seus cuidados um filhinho abençoado como o que eu tinha o meu jo
Então naquele ranchinho, era eu, o meu fiinho, e agora esse cachorrinho que eu batizei de Surtão

O Surtão logo incorpou, cachorro cresce depressa, né??? Um bicho grande ficou. Mas mesmo sendo grandão, dava gosto a gente olhar o meu menino e o cão, brincando lá no quintar, lá no terreiro de casa
Era igual a duas crianças, dois meninos inocentes brincando muito contente, dois passarinhos sem asas, era bonito de ver
uma tarde, ah tarde ingrata!!! Nem gosto de me alembra. Eu garrei a minha espingarda que eu tenho mó de caçar, porque é só assim que se come um naco de carne por lá. Deixei os dois ali brincando, e me afundei pela mata. Mata fechada, feia, escura e inté com o luar
Andei umas par de hora, me afundei pela mata afora e fui longe como um que. A noite caiu depressa, mas eu intretido a beça nem cheguei a perceber. De repente uma trovoada, relampago riscando o cÈu, as nuvens negra fromando como se fosse um chapéu.
Foi aÌ que num assombro, num susto de: Ai meu Deus!!! Disparou meu coração!!! Eu me alembrei de não ter deixado nenhum resto de comida para alimentar o surtão.

Ah!!! Desembestei feito loco, e a ideia poco a poco ia formando a desgraÁa, na minha cabeÁa eu via meu filhinho estraÁalhado pelo Sult„o esfomeado, por essa fera de raÁa
Fui correndo, correndo e caindo pelo caminho, pedindo a Deus um bucadinho de forÁa a mÛ de eu chegar a tempo de lhe salvar.
A tempestade mais forte, trazia um cheiro de morte em vez de cheiro de mato, parecia que aquele ingrato do mundo ia se acabar
Ah meu Deus!!! Cheguei no rancho e o que eu vi???
Minhas pernas bambio!!!
Saiu de dentro de casa, abanando o rabo para mim o Surt„o, ensanguentado. E eu mais que desesperado, j· n„o pensei em mais nada. Com minha arma ingatiada puxei sem dÛ e com reiva e no estrundo que ela deu, o surt„o rodopiando, caiu pertinho sangrando, morrendo nos pÈs de eu
Eu tava cego de medo de tudo o que eu imaginava, eu tava meio alocado, por isso fiz o que fiz
Nisso, saio do meu rancho o meu filhinho, S„o e salvo, inteirinho e quando olhou l· pro ch„o, ao invez de vir me abraÁar, saiu numa disparada, chorando chorando, e se abraÁando com o sult„o, ficou alÌ um temp„o. Depois me garrou na m„o e me levou intÈ a porta l· do rancho, aÌ nÛis entendemo tudo direitinho
SÛ pra salvar meu filhinho daquele grande perigo, o sult„o tinha matado em luta desesperada, uma grande onÁa das pintada
E eu… Eu matei meu amigo

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