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Transformando lixo em materiais para a indústria.
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Cerca de 140 milhões de toneladas de lixo orgânico são geradas anualmente em todo o mundo. Dessas, cerca de 100 milhões de toneladas correspondem a resíduos da cadeia de produção e distribuição de alimentos. Apenas 25% do montante é reaproveitado. Os outros 75% são simplesmente “jogados fora”, configurando um grande desperdício de recursos potenciais e um enorme impacto para o meio ambiente. Transformar resíduos em recursos – ou, como dizem os norte-americanos, transitar “from trash to cash” (do lixo ao dinheiro) – é um dos vetores da chamada economia circular. Quando esses resíduos são advindos da biomassa, caracteriza-se a bioeconomia circular. Com o passar do tempo, as pesquisas mostraram que diferentes tipos de resíduos podem ser aproveitados como matéria-prima para a indústria. Como alternativa às modalidades mais rústicas e ambientalmente duvidosas de aproveitamento dos resíduos agroindustriais, como, por exemplo, seu emprego na alimentação do gado, o estudo mostra que a biomassa descartada ou subutilizada, de baixo custo, pode ser convertida em bioplásticos e materiais avançados, utilizáveis em uma ampla gama de dispositivos de alto valor agregado.
[...] Pesquisadores produzem espumas antimicrobianas a partir de bagaço de cana-de-açúcar; embalagens derivadas de quitina extraída das carapaças de crustáceos e insetos; e partículas para estabilizar emulsões, com potencial de aplicação nas indústrias de fármacos, cosméticos e tintas. Como se percebe, essas pesquisas estão fortemente afinadas com a economia do país, que se destaca como o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e de cítricos, além de ocupar também posição de destaque mundial na produção de muitos outros alimentos. Ademais, deve-se considerar que uma fonte altamente significativa de perdas e desperdício de alimentos está associada a frutas e hortaliças, das quais cerca de um terço da produção é perdida ao longo da cadeia.
Fonte (texto - créditos):
O financiamento concedido pela FAPESP a essa linha de pesquisa inclui os seguintes apoios: 14/23098-9; 17/12174-4; 17/22401-8; 18/22214-6; 20/11104-5. O artigo The Food–Materials Nexus: Next Generation Bioplastics and Advanced Materials from Agri-Food Residues pode ser acessado na íntegra e de forma gratuita em https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/adma.202102520. https://agencia.fapesp.br/estudo-indica-caminhos-para-transformar-lixo-em-materiais-para-a-industria-avancada/37493/
Imagem (créditos):
Grupo que envolve cientistas da UFSCar, da Embrapa e colaboradores internacionais mostra que a biomassa descartada de baixo custo pode ser convertida em bioplásticos, produtos eletrônicos... (Fotos: acervo dos pesquisadores).
Trilha sonora (créditos):
https://www.youtube.com/watch?v=g2AlE2v11qI. Celine Dion - My Heart Will Go On (Titanic Song) | Epic Orchestra.
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Transformando lixo em materiais para a indústria.
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Cerca de 140 milhões de toneladas de lixo orgânico são geradas anualmente em todo o mundo. Dessas, cerca de 100 milhões de toneladas correspondem a resíduos da cadeia de produção e distribuição de alimentos. Apenas 25% do montante é reaproveitado. Os outros 75% são simplesmente “jogados fora”, configurando um grande desperdício de recursos potenciais e um enorme impacto para o meio ambiente. Transformar resíduos em recursos – ou, como dizem os norte-americanos, transitar “from trash to cash” (do lixo ao dinheiro) – é um dos vetores da chamada economia circular. Quando esses resíduos são advindos da biomassa, caracteriza-se a bioeconomia circular. Com o passar do tempo, as pesquisas mostraram que diferentes tipos de resíduos podem ser aproveitados como matéria-prima para a indústria. Como alternativa às modalidades mais rústicas e ambientalmente duvidosas de aproveitamento dos resíduos agroindustriais, como, por exemplo, seu emprego na alimentação do gado, o estudo mostra que a biomassa descartada ou subutilizada, de baixo custo, pode ser convertida em bioplásticos e materiais avançados, utilizáveis em uma ampla gama de dispositivos de alto valor agregado.
[...] Pesquisadores produzem espumas antimicrobianas a partir de bagaço de cana-de-açúcar; embalagens derivadas de quitina extraída das carapaças de crustáceos e insetos; e partículas para estabilizar emulsões, com potencial de aplicação nas indústrias de fármacos, cosméticos e tintas. Como se percebe, essas pesquisas estão fortemente afinadas com a economia do país, que se destaca como o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e de cítricos, além de ocupar também posição de destaque mundial na produção de muitos outros alimentos. Ademais, deve-se considerar que uma fonte altamente significativa de perdas e desperdício de alimentos está associada a frutas e hortaliças, das quais cerca de um terço da produção é perdida ao longo da cadeia.
Fonte (texto - créditos):
O financiamento concedido pela FAPESP a essa linha de pesquisa inclui os seguintes apoios: 14/23098-9; 17/12174-4; 17/22401-8; 18/22214-6; 20/11104-5. O artigo The Food–Materials Nexus: Next Generation Bioplastics and Advanced Materials from Agri-Food Residues pode ser acessado na íntegra e de forma gratuita em https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/adma.202102520. https://agencia.fapesp.br/estudo-indica-caminhos-para-transformar-lixo-em-materiais-para-a-industria-avancada/37493/
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Grupo que envolve cientistas da UFSCar, da Embrapa e colaboradores internacionais mostra que a biomassa descartada de baixo custo pode ser convertida em bioplásticos, produtos eletrônicos... (Fotos: acervo dos pesquisadores).
Trilha sonora (créditos):
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