Artwork

Conteúdo fornecido por Programa Ficha Técnica. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por Programa Ficha Técnica ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.
Player FM - Aplicativo de podcast
Fique off-line com o app Player FM !

Programa Ficha Técnica | 06 | Da lama ao caos

28:03
 
Compartilhar
 

Manage episode 311896772 series 3198739
Conteúdo fornecido por Programa Ficha Técnica. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por Programa Ficha Técnica ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.

Em sua sexta edição, o programa Ficha Técnica tem como tema o disco "Da lama ao caos", da Nação Zumbi.

Criação/produção/apresentação: Larissa Campos e Raul Fortes

Edição: Luciano Campbell

Acesse: www.instagram.com/programafichatecnica

Música também é luta

(Larissa Campos e Raul Fortes)

Quando Chico Science e a Nação Zumbi lançaram “Da lama ao caos”, em 1994, não imaginavam a relevância que esse trabalho teria para a música brasileira. O disco consolidou um movimento artístico que ficou conhecido como Manguebeat. Do ponto de vista musical, a ideia era misturar ritmos regionais, como o maracatu, ao rock, hip hop, música eletrônica e outros estilos.

Desse caldeirão, nasceram bandas como a Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Sheik Tosado e Mestre Ambrósio, que se dedicaram a modernizar o passado a partir da música, como Chico Science declarou no “Monólogo ao pé do ouvido”, faixa de abertura do disco.

A relevância do Manguebeat vai muito além da diversidade rítmica. O nome do movimento se refere ao mangue, um ecossistema típico da costa do nordeste brasileiro, e beat, palavra inglesa que significa batida. Ou seja, é a batida do Mangue.

Nas letras das músicas, o movimento se fortaleceu como um grito do homem do mangue, abandonado econômica e socialmente. As canções abriram espaço para falar das desigualdades sociais do Recife e de outras cidades do Nordeste.

Mas além de falar dos problemas, os músicos também convidavam as pessoas para agir. O próprio movimento era uma forma de ação coletiva. Na faixa “Monólogo ao pé do ouvido”, Chico Science diz que o homem coletivo sente necessidade de lutar. Foi a necessidade de lutar que levou esse coletivo de artistas nordestinos a se organizar, usando a arte para chamar a atenção do público e provocar reflexões.

Organizados, eles conseguiram ultrapassar fronteiras e deixaram o nome marcado na história da música brasileira. Dessa forma, puderam comprovar, na prática, que quando nos organizamos podemos desorganizar o sistema e colaborar para que mudanças efetivas possam acontecer na sociedade.

Viva chico science! Viva a nação zumbi! Viva o Manguebeat!

  continue reading

21 episódios

Artwork
iconCompartilhar
 
Manage episode 311896772 series 3198739
Conteúdo fornecido por Programa Ficha Técnica. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por Programa Ficha Técnica ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.

Em sua sexta edição, o programa Ficha Técnica tem como tema o disco "Da lama ao caos", da Nação Zumbi.

Criação/produção/apresentação: Larissa Campos e Raul Fortes

Edição: Luciano Campbell

Acesse: www.instagram.com/programafichatecnica

Música também é luta

(Larissa Campos e Raul Fortes)

Quando Chico Science e a Nação Zumbi lançaram “Da lama ao caos”, em 1994, não imaginavam a relevância que esse trabalho teria para a música brasileira. O disco consolidou um movimento artístico que ficou conhecido como Manguebeat. Do ponto de vista musical, a ideia era misturar ritmos regionais, como o maracatu, ao rock, hip hop, música eletrônica e outros estilos.

Desse caldeirão, nasceram bandas como a Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Sheik Tosado e Mestre Ambrósio, que se dedicaram a modernizar o passado a partir da música, como Chico Science declarou no “Monólogo ao pé do ouvido”, faixa de abertura do disco.

A relevância do Manguebeat vai muito além da diversidade rítmica. O nome do movimento se refere ao mangue, um ecossistema típico da costa do nordeste brasileiro, e beat, palavra inglesa que significa batida. Ou seja, é a batida do Mangue.

Nas letras das músicas, o movimento se fortaleceu como um grito do homem do mangue, abandonado econômica e socialmente. As canções abriram espaço para falar das desigualdades sociais do Recife e de outras cidades do Nordeste.

Mas além de falar dos problemas, os músicos também convidavam as pessoas para agir. O próprio movimento era uma forma de ação coletiva. Na faixa “Monólogo ao pé do ouvido”, Chico Science diz que o homem coletivo sente necessidade de lutar. Foi a necessidade de lutar que levou esse coletivo de artistas nordestinos a se organizar, usando a arte para chamar a atenção do público e provocar reflexões.

Organizados, eles conseguiram ultrapassar fronteiras e deixaram o nome marcado na história da música brasileira. Dessa forma, puderam comprovar, na prática, que quando nos organizamos podemos desorganizar o sistema e colaborar para que mudanças efetivas possam acontecer na sociedade.

Viva chico science! Viva a nação zumbi! Viva o Manguebeat!

  continue reading

21 episódios

Todos os episódios

×
 
Loading …

Bem vindo ao Player FM!

O Player FM procura na web por podcasts de alta qualidade para você curtir agora mesmo. É o melhor app de podcast e funciona no Android, iPhone e web. Inscreva-se para sincronizar as assinaturas entre os dispositivos.

 

Guia rápido de referências