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Judocas medalhistas do Brasil se tornam fenômeno nas redes sociais e querem ser inspiração

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Fenômeno nas redes sociais, inspiração para as novas gerações e aposentadorias. Os atletas brasileiros, medalhistas olímpicos do judô, estiveram na Casa Brasil, espaço de confraternização da torcida brasileira em Paris, nesta segunda-feira (5) e falaram sobre a emoção com as conquistas e os planos para o futuro. O esporte conquistou quatro medalhas nestes jogos olímpicos: um bronze por equipes, e um ouro, uma prata e um bronze nas disputas individuais.

O judô é o esporte que mais conquistou medalhas para o Brasil em Olimpíadas até agora. Nesta edição, além do bronze por equipe mista, na vitória contra a Itália, o time teve ainda o ouro de Beatriz Souza, a prata de Willian Lima e o bronze de Larissa Pimenta. Com o resultado histórico em Paris, além de comemorarem a melhor participação em jogos olímpicos, os atletas festejam o reconhecimento do público e da torcida.

Não faz muito tempo que a judoca Beatriz Souza podia andar tranquilamente pelas ruas sem ser reconhecida. Mas depois do ouro olímpico na categoria peso-pesado, conquistado na última sexta-feira (2), essa realidade mudou. Em visita à Casa Brasil, instalação que recebe atletas e torcedores brasileiros durante Paris 2024, localizada no 19º distrito da capital francesa, Bia, como é conhecida, era a mais disputada para selfies e autógrafos.

“Só ontem consegui ver as dms (direct messages do Instagram), vi tudo e é impossível repostar. Mas o que mais me impressionou é que eu não esperava todo esse carinho. Foi para uma dimensão que nunca passou pela minha cabeça: três milhões de seguidores, nunca na vida eu pensei que poderia chegar a isso. Ser reconhecida na rua ainda é muito doido, mas acho incrível esse carinho, essa empatia e respeito”, disse ela, que se surpreendeu com mensagens de celebridades como Ivete Sangalo e Neymar.

Inspirações femininas

Ao vencer a luta pelo ouro, Beatriz Souza falou à RFI sobre ser uma atleta negra e chegar ao lugar mais alto do pódio, e sobre como esta conquista deve servir de inspiração para outras mulheres. Hoje, ela voltou a falar de inspirações e afirmou que tem grandes exemplos dentro de casa e no tatame.

“Tenho uma família incrível, uma base inspiradora. Dentro do tatame, parceiros incríveis de seleção. E eu sempre procurei ser inspiração da mesma forma em que eu fui muito inspirada por mulheres fortes, guerreiras, pretas, mostrar que a cor da pele não tem nada a ver com sonhos. A gente pode, sim, alcançar tudo aquilo que a gente almeja, basta a gente estar disposto a pagar o preço, a se esforçar, a ser disciplinado e encarar o que vem pela frente”, afirmou.

Leia também"Sou mulher preta, guerreira que conquistou o mundo e quero que outras saibam que é possível”, diz Bia Souza

Larissa Pimenta, bronze por equipes e individual na categoria meio-leve, fez coro e afirmou que inspirações e motivações não faltam na família, mas também dentro da equipe.

“Me inspiram muito e me fazem ter muito orgulho de poder estar dividindo tudo com elas”, disse.

Recomeço e redenção

A atleta Rafaela Silva, medalhista de bronze por equipes, se emocionou ao falar de seu momento de redenção nas Olimpíadas de Paris 2024. Ela, que foi ouro nas Olimpíadas do Rio em 2016, ficou dois anos fora das competições profissionais por um caso de doping. Com isso, ela não conseguiu disputar os jogos de Tóquio, em 2021.

“A gente começa no judô e acha que já vai aprender a derrubar, aprender os golpes, mas a primeira coisa que a gente aprende no judô é a cair e depois a se levantar. Então é uma das coisas que a gente leva para nossa carreira. Eu faço um acompanhamento mental desde da minha volta da Olimpíada de Londres, em 2012, quando eu queria parar o judô. Agora eu me sinto bem, me sinto feliz, foi um momento especial, eu cheguei até a semifinal e acabei ficando sem medalha, e consegui dar esse ultimo ponto para o Brasil. Com certeza foi um momento muito importante. Fiquei muito chateada com meu desempenho na competição individual, mas eu sabia o quão importante eu era para o time. Eu sabia que eles precisavam de mim assim como eu precisava deles”, contou.

Fim de um ciclo

Aos 37 anos, Rafael Silva, conhecido como Baby, também fez história por ser o judoca mais velho ao subir ao pódio. O veterano, que conquistou o bronze por equipes com o time misto, soma três medalhas olímpicas na carreira e falou sobre os projetos futuros fora do tatame, pelo menos como atleta.

“Eu acho que competir no judô é a coisa mais bela que tem, de emocionante, de adrenalina, mas o processo de treinamento é o mais difícil, mais doloroso, e com a idade esse processo vai ficando cada vez mais complicado. Minha intenção é continuar trabalhando pelo esporte, com a mesma dedicação, com a mesma resiliência e com a mesma excelência que eu sempre procurei entregar durante toda minha carreira. A nossa missão como atleta olímpico, estando atuando ou não, é sempre incentivar e inspirar as pessoas a compreenderem os valores do esporte, a vivenciar os valores do esporte. Então a minha missão e o meu propósito vão ser muito nesse sentido”, disse.

O resultado em Paris supera Londres 2012, quando o Brasil também teve quatro medalhas, com um ouro e três bronzes. As 28 medalhas olímpicas da história do esporte colocam o judô brasileiro como uma potência mundial, atrás apenas de Japão, França, Coreia do Sul e Cuba em número de medalhas. A equipe brasileira subiu ao pódio em todas as últimas 11 edições dos jogos olímpicos. Desde 1984, o judô conquista pelo menos uma medalha.

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O judô é o esporte que mais conquistou medalhas para o Brasil em Olimpíadas até agora. Nesta edição, além do bronze por equipe mista, na vitória contra a Itália, o time teve ainda o ouro de Beatriz Souza, a prata de Willian Lima e o bronze de Larissa Pimenta. Com o resultado histórico em Paris, além de comemorarem a melhor participação em jogos olímpicos, os atletas festejam o reconhecimento do público e da torcida.

Não faz muito tempo que a judoca Beatriz Souza podia andar tranquilamente pelas ruas sem ser reconhecida. Mas depois do ouro olímpico na categoria peso-pesado, conquistado na última sexta-feira (2), essa realidade mudou. Em visita à Casa Brasil, instalação que recebe atletas e torcedores brasileiros durante Paris 2024, localizada no 19º distrito da capital francesa, Bia, como é conhecida, era a mais disputada para selfies e autógrafos.

“Só ontem consegui ver as dms (direct messages do Instagram), vi tudo e é impossível repostar. Mas o que mais me impressionou é que eu não esperava todo esse carinho. Foi para uma dimensão que nunca passou pela minha cabeça: três milhões de seguidores, nunca na vida eu pensei que poderia chegar a isso. Ser reconhecida na rua ainda é muito doido, mas acho incrível esse carinho, essa empatia e respeito”, disse ela, que se surpreendeu com mensagens de celebridades como Ivete Sangalo e Neymar.

Inspirações femininas

Ao vencer a luta pelo ouro, Beatriz Souza falou à RFI sobre ser uma atleta negra e chegar ao lugar mais alto do pódio, e sobre como esta conquista deve servir de inspiração para outras mulheres. Hoje, ela voltou a falar de inspirações e afirmou que tem grandes exemplos dentro de casa e no tatame.

“Tenho uma família incrível, uma base inspiradora. Dentro do tatame, parceiros incríveis de seleção. E eu sempre procurei ser inspiração da mesma forma em que eu fui muito inspirada por mulheres fortes, guerreiras, pretas, mostrar que a cor da pele não tem nada a ver com sonhos. A gente pode, sim, alcançar tudo aquilo que a gente almeja, basta a gente estar disposto a pagar o preço, a se esforçar, a ser disciplinado e encarar o que vem pela frente”, afirmou.

Leia também"Sou mulher preta, guerreira que conquistou o mundo e quero que outras saibam que é possível”, diz Bia Souza

Larissa Pimenta, bronze por equipes e individual na categoria meio-leve, fez coro e afirmou que inspirações e motivações não faltam na família, mas também dentro da equipe.

“Me inspiram muito e me fazem ter muito orgulho de poder estar dividindo tudo com elas”, disse.

Recomeço e redenção

A atleta Rafaela Silva, medalhista de bronze por equipes, se emocionou ao falar de seu momento de redenção nas Olimpíadas de Paris 2024. Ela, que foi ouro nas Olimpíadas do Rio em 2016, ficou dois anos fora das competições profissionais por um caso de doping. Com isso, ela não conseguiu disputar os jogos de Tóquio, em 2021.

“A gente começa no judô e acha que já vai aprender a derrubar, aprender os golpes, mas a primeira coisa que a gente aprende no judô é a cair e depois a se levantar. Então é uma das coisas que a gente leva para nossa carreira. Eu faço um acompanhamento mental desde da minha volta da Olimpíada de Londres, em 2012, quando eu queria parar o judô. Agora eu me sinto bem, me sinto feliz, foi um momento especial, eu cheguei até a semifinal e acabei ficando sem medalha, e consegui dar esse ultimo ponto para o Brasil. Com certeza foi um momento muito importante. Fiquei muito chateada com meu desempenho na competição individual, mas eu sabia o quão importante eu era para o time. Eu sabia que eles precisavam de mim assim como eu precisava deles”, contou.

Fim de um ciclo

Aos 37 anos, Rafael Silva, conhecido como Baby, também fez história por ser o judoca mais velho ao subir ao pódio. O veterano, que conquistou o bronze por equipes com o time misto, soma três medalhas olímpicas na carreira e falou sobre os projetos futuros fora do tatame, pelo menos como atleta.

“Eu acho que competir no judô é a coisa mais bela que tem, de emocionante, de adrenalina, mas o processo de treinamento é o mais difícil, mais doloroso, e com a idade esse processo vai ficando cada vez mais complicado. Minha intenção é continuar trabalhando pelo esporte, com a mesma dedicação, com a mesma resiliência e com a mesma excelência que eu sempre procurei entregar durante toda minha carreira. A nossa missão como atleta olímpico, estando atuando ou não, é sempre incentivar e inspirar as pessoas a compreenderem os valores do esporte, a vivenciar os valores do esporte. Então a minha missão e o meu propósito vão ser muito nesse sentido”, disse.

O resultado em Paris supera Londres 2012, quando o Brasil também teve quatro medalhas, com um ouro e três bronzes. As 28 medalhas olímpicas da história do esporte colocam o judô brasileiro como uma potência mundial, atrás apenas de Japão, França, Coreia do Sul e Cuba em número de medalhas. A equipe brasileira subiu ao pódio em todas as últimas 11 edições dos jogos olímpicos. Desde 1984, o judô conquista pelo menos uma medalha.

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