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Epidemia de obesidade na América Latina demanda estratégias amplas e políticas públicas
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Uma revisão realizada por pesquisadores da Unicamp, da USP e da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) discute os principais determinantes da epidemia da obesidade nos países latino-americanos e como as características específicas desses países devem ser consideradas na elaboração de estratégias mais eficazes para a redução das crescentes taxas de obesidade na região.
No artigo Determinants of Obesity in Latin America, publicado recentemente na revista Nature Metabolism, são destacados oito determinantes relacionados ao aumento das taxas de obesidade: o ambiente físico, a exposição alimentar, o interesse econômico e político, a desigualdade social, o acesso limitado ao conhecimento científico, a cultura, o comportamento contextual e a genética. Além de detalhar cada um desses determinantes, o estudo também analisa os impactos das taxas de obesidade nos países latino-americanos, sugerindo que o enfrentamento deste problema de saúde pública demanda abordagens multidisciplinares que levem em consideração as diferenças regionais e a complexidade da doença. De forma geral, o trabalho defende que ações coletivas e políticas públicas são muito mais importantes para lidar com o aumento da obesidade nos países da região do que ações individuais de mudança no estilo de vida, por exemplo.
Segundo dados divulgados no Atlas Mundial da Obesidade, publicado em março pela Federação Mundial da Obesidade (WOF, na sigla em inglês), das mais de 40 milhões de mortes anuais atribuídas a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), cerca de 5 milhões estão relacionadas ao sobrepeso e à obesidade. Outro dado alarmante é que essas doenças vêm atingindo cada vez mais crianças: até 2035, a estimativa é que, em todo o mundo, a cada cinco crianças (com idade entre 5 e 19 anos), ao menos duas deverão viver com sobrepeso e obesidade, a maior parte delas em países de renda média. O Atlas também revela que países em desenvolvimento têm apresentado taxas mais elevadas de aumento da obesidade do que os países desenvolvidos.
Para analisar esse cenário, esta edição do Repórter Unicamp tem como convidado o professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp Marcelo Mori, pesquisador do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), sediado na Unicamp, e um dos autores do estudo publicado na Nature Metabolism.
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Ficha técnica:
Entrevista e edição de áudio: Juliana Franco
Gravação de áudio: Matheus Mota
Produção: Patrícia Lauretti
944 episódios
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Uma revisão realizada por pesquisadores da Unicamp, da USP e da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) discute os principais determinantes da epidemia da obesidade nos países latino-americanos e como as características específicas desses países devem ser consideradas na elaboração de estratégias mais eficazes para a redução das crescentes taxas de obesidade na região.
No artigo Determinants of Obesity in Latin America, publicado recentemente na revista Nature Metabolism, são destacados oito determinantes relacionados ao aumento das taxas de obesidade: o ambiente físico, a exposição alimentar, o interesse econômico e político, a desigualdade social, o acesso limitado ao conhecimento científico, a cultura, o comportamento contextual e a genética. Além de detalhar cada um desses determinantes, o estudo também analisa os impactos das taxas de obesidade nos países latino-americanos, sugerindo que o enfrentamento deste problema de saúde pública demanda abordagens multidisciplinares que levem em consideração as diferenças regionais e a complexidade da doença. De forma geral, o trabalho defende que ações coletivas e políticas públicas são muito mais importantes para lidar com o aumento da obesidade nos países da região do que ações individuais de mudança no estilo de vida, por exemplo.
Segundo dados divulgados no Atlas Mundial da Obesidade, publicado em março pela Federação Mundial da Obesidade (WOF, na sigla em inglês), das mais de 40 milhões de mortes anuais atribuídas a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), cerca de 5 milhões estão relacionadas ao sobrepeso e à obesidade. Outro dado alarmante é que essas doenças vêm atingindo cada vez mais crianças: até 2035, a estimativa é que, em todo o mundo, a cada cinco crianças (com idade entre 5 e 19 anos), ao menos duas deverão viver com sobrepeso e obesidade, a maior parte delas em países de renda média. O Atlas também revela que países em desenvolvimento têm apresentado taxas mais elevadas de aumento da obesidade do que os países desenvolvidos.
Para analisar esse cenário, esta edição do Repórter Unicamp tem como convidado o professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp Marcelo Mori, pesquisador do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), sediado na Unicamp, e um dos autores do estudo publicado na Nature Metabolism.
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Ficha técnica:
Entrevista e edição de áudio: Juliana Franco
Gravação de áudio: Matheus Mota
Produção: Patrícia Lauretti
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