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O anúncio do reconfinamento em França em destaque na imprensa gaulesa

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A França e o reconfinamento de todo o seu território por um período de cerca de um mês anunciado ontem pelo Presidente Macron faz a manchete de todos os jornais.

"Macron aposta num último confinamento", é o que escreve na sua capa o Le Monde, antes de prosseguir no seu editorial que "apesar do reforço das medidas anunciado esta quarta-feira ser substancial, ele não atenua a impressão de que Emmanuel Macron permanece sobre o fio da navalha". Para Le Monde "o risco é que a epidemia continue a explodir, perante a implementação de medidas demasiado tardias".

No seu editorial, o católico La Croix considera que "o discurso do presidente ontem era indispensável", nomeadamente "para dissipar a impressão de que o executivo caminha sem rei nem roque". Mais adiante, o mesmo jornal dá conta da dificuldade que enfrentam os hospitais, em plena terceira vaga, em segurar os funcionários dos serviços de reanimação".

No L'humanité, este é precisamente o assunto que é puxado para a primeira página: "Os serviços de reanimação sem fôlego". Nas suas páginas interiores, o jornal comunista dá conta do desabafo de um médico da região parisiense, "dentro de quinze dias, vamos ter de escolher entre os pacientes e isto é insuportável", L'humanité considerando por outro lado que "Macron só reconheceu à meia voz o fracasso da estratégia que defendia desde Janeiro".

No mesmo sentido, no seu editorial, Libération escreve "confinar sem reconfirmar, tal é a difícil equação que o Presidente tenta resolver desde o começo do ano, sozinho, sem o apoio dos cientistas que ele já não ouve e sem... sucesso", o diário concluindo que "o chefe de Estado já não tem margem para o erro".

Já no seu editorial em que minimiza os gritos de alerta que apelida de "campanha sobre o tema da 'triagem' dos pacientes", o conservador Le Figaro não coloca em causa a "boa vontade do Presidente", mas antes considera que o que está em jogo "é a sua capacidade em ser ouvido por uma máquina burocrática que manifestamente já não responde."

A nível da actualidade africana, o Le Monde menciona o Níger onde, nesta passada quarta-feira, se deu uma alegada tentativa de golpe de Estado. Ao realçar que isto sucedeu apenas dois dias antes da investidura do novo Presidente eleito, o vespertino comenta que "Mohamed Bazoum ainda nem sequer foi investido, mas os acontecimentos dos últimos dias já lhe dão uma antevisão dos desafios políticos e securitários que o esperam". Ao referir que o novo Presidente eleito não pode confiar totalmente no exército, Le Monde dá o exemplo do "antigo chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Moumouni Bourelma, em posto até 2010 e que está preso desde o passado dia 25 de Fevereiro, sob a acusação de ter sido um dos impulsionadores dos incidentes pós-eleitorais, por conta da oposição".

Acerca do vizinho Mali, La Croix evoca o resultado do inquérito da ONU sobre um bombardeamento da força Barkhane no passado dia 3 de Janeiro em Bounti no norte do Mali. De acordo com esta investigação, estes bombardeamentos causaram a morte de 19 civis e não apenas de jihadistas, como reiterou Paris no passado dia 30 de Março. Ao referir que "visivelmente a ONU não se poupou nos meios para conduzir este inquérito", o jornal refere contudo que "as testemunhas entrevistadas pelos investigadores permaneceram anónimas, o que é problemático do ponto de vista de Paris".

Relativamente desta vez à Costa de Marfim, L'humanité evoca a confirmação ontem da absolvição pelo Tribunal Penal Internacional do antigo presidente marfinense Laurent Gbagbo, acusado nomeadamente de "crimes contra a Humanidade". Para o diário comunista, isto constitui uma bofetada contra o Tribunal Penal Internacional, l'humanité apontando o dedo à "fragilidade do dossier constituído pela procuradora Fatou Bensouda" que a seu ver "nunca se interessou pelos chefes rebeldes que cometeram as piores exacções". O Libération, por seu turno, dá voz a Bernard Houdin, um francês conselheiro de Gbagbo, para o qual "a absolvição do antigo Presidente marfinense não deve fazer esquecer o papel desempenhado pela França" na crise marfinense, este responsável sublinhando nomeadamente que "foram as tropas francesas que entraram na residência presidencial para prender Laurent Gbagbo no dia 11 de Abril de 2011".

Noutro aspecto e para terminar, no L'équipe, pode-se ler um retrato de Patrice Motsepe, o empresário sul-africano que foi recentemente eleito líder da Confederação Africana de Futebol, descrito como "um self-made man" que é a "décima fortuna de África". Ao evocar os desafios que tem pela frente nos próximos 4 anos do seu mandato, o L'équipe refere que "ele herda uma situação financeira calamitosa" e que "a boa gestão não vai ser suficiente, a CAF necessitando ser renovada do interior".

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"Macron aposta num último confinamento", é o que escreve na sua capa o Le Monde, antes de prosseguir no seu editorial que "apesar do reforço das medidas anunciado esta quarta-feira ser substancial, ele não atenua a impressão de que Emmanuel Macron permanece sobre o fio da navalha". Para Le Monde "o risco é que a epidemia continue a explodir, perante a implementação de medidas demasiado tardias".

No seu editorial, o católico La Croix considera que "o discurso do presidente ontem era indispensável", nomeadamente "para dissipar a impressão de que o executivo caminha sem rei nem roque". Mais adiante, o mesmo jornal dá conta da dificuldade que enfrentam os hospitais, em plena terceira vaga, em segurar os funcionários dos serviços de reanimação".

No L'humanité, este é precisamente o assunto que é puxado para a primeira página: "Os serviços de reanimação sem fôlego". Nas suas páginas interiores, o jornal comunista dá conta do desabafo de um médico da região parisiense, "dentro de quinze dias, vamos ter de escolher entre os pacientes e isto é insuportável", L'humanité considerando por outro lado que "Macron só reconheceu à meia voz o fracasso da estratégia que defendia desde Janeiro".

No mesmo sentido, no seu editorial, Libération escreve "confinar sem reconfirmar, tal é a difícil equação que o Presidente tenta resolver desde o começo do ano, sozinho, sem o apoio dos cientistas que ele já não ouve e sem... sucesso", o diário concluindo que "o chefe de Estado já não tem margem para o erro".

Já no seu editorial em que minimiza os gritos de alerta que apelida de "campanha sobre o tema da 'triagem' dos pacientes", o conservador Le Figaro não coloca em causa a "boa vontade do Presidente", mas antes considera que o que está em jogo "é a sua capacidade em ser ouvido por uma máquina burocrática que manifestamente já não responde."

A nível da actualidade africana, o Le Monde menciona o Níger onde, nesta passada quarta-feira, se deu uma alegada tentativa de golpe de Estado. Ao realçar que isto sucedeu apenas dois dias antes da investidura do novo Presidente eleito, o vespertino comenta que "Mohamed Bazoum ainda nem sequer foi investido, mas os acontecimentos dos últimos dias já lhe dão uma antevisão dos desafios políticos e securitários que o esperam". Ao referir que o novo Presidente eleito não pode confiar totalmente no exército, Le Monde dá o exemplo do "antigo chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Moumouni Bourelma, em posto até 2010 e que está preso desde o passado dia 25 de Fevereiro, sob a acusação de ter sido um dos impulsionadores dos incidentes pós-eleitorais, por conta da oposição".

Acerca do vizinho Mali, La Croix evoca o resultado do inquérito da ONU sobre um bombardeamento da força Barkhane no passado dia 3 de Janeiro em Bounti no norte do Mali. De acordo com esta investigação, estes bombardeamentos causaram a morte de 19 civis e não apenas de jihadistas, como reiterou Paris no passado dia 30 de Março. Ao referir que "visivelmente a ONU não se poupou nos meios para conduzir este inquérito", o jornal refere contudo que "as testemunhas entrevistadas pelos investigadores permaneceram anónimas, o que é problemático do ponto de vista de Paris".

Relativamente desta vez à Costa de Marfim, L'humanité evoca a confirmação ontem da absolvição pelo Tribunal Penal Internacional do antigo presidente marfinense Laurent Gbagbo, acusado nomeadamente de "crimes contra a Humanidade". Para o diário comunista, isto constitui uma bofetada contra o Tribunal Penal Internacional, l'humanité apontando o dedo à "fragilidade do dossier constituído pela procuradora Fatou Bensouda" que a seu ver "nunca se interessou pelos chefes rebeldes que cometeram as piores exacções". O Libération, por seu turno, dá voz a Bernard Houdin, um francês conselheiro de Gbagbo, para o qual "a absolvição do antigo Presidente marfinense não deve fazer esquecer o papel desempenhado pela França" na crise marfinense, este responsável sublinhando nomeadamente que "foram as tropas francesas que entraram na residência presidencial para prender Laurent Gbagbo no dia 11 de Abril de 2011".

Noutro aspecto e para terminar, no L'équipe, pode-se ler um retrato de Patrice Motsepe, o empresário sul-africano que foi recentemente eleito líder da Confederação Africana de Futebol, descrito como "um self-made man" que é a "décima fortuna de África". Ao evocar os desafios que tem pela frente nos próximos 4 anos do seu mandato, o L'équipe refere que "ele herda uma situação financeira calamitosa" e que "a boa gestão não vai ser suficiente, a CAF necessitando ser renovada do interior".

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