Artwork

Conteúdo fornecido por France Médias Monde and RFI Brasil. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por France Médias Monde and RFI Brasil ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.
Player FM - Aplicativo de podcast
Fique off-line com o app Player FM !

Diretor prepara documentário sobre atletas paralímpicos brasileiros de alto rendimento

12:01
 
Compartilhar
 

Manage episode 438564947 series 1089765
Conteúdo fornecido por France Médias Monde and RFI Brasil. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por France Médias Monde and RFI Brasil ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.

As histórias, pessoais e profissionais, de atletas brasileiros de alto rendimento, são o tema da série “Da Inclusão ao Pódio”, do diretor André Bushatsky, contadas em quatro episódios, pela ocasião das Paralimpíadas de Paris. O projeto vai ser transformado em um documentário, que será lançado em dezembro deste ano.

O diretor André Bushatsky está na capital francesa acompanhando a Paralimpíada e coletando material para seu próximo projeto, que será lançado em dezembro. Será um documentário sobre alto rendimento, com personagens que estão competindo em Paris 2024 como Beth Gomes (atletismo); Raֵíssa Rocha (atletismo); Petruccio Ferreira (velocista); Carol Santiago (natação); Cássio Lopes (futebol de cegos) e Bruna Alexandre (tênis de mesa).

Mas enquanto assiste os atletas brasileiros conquistarem medalhas, ele comemora a repercussão da série “Da Inclusão ao Pódio”, exibida pelo canal Sportv e pela Globo Play. Ele conversou com a RFI sobre o projeto, que teve início com uma visita ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em São Paulo.

“Surgiu a ideia de fazer um filme, mas o primeiro projeto que achamos que poderia nascer dessa parceria (com o CPB) era a série. Começamos com quatro episódios. O primeiro fala sobre as crianças e chama ‘Tire as crianças de casa’, e tem esse nome porque durante as pesquisas percebemos que muita gente que tem o filho com alguma deficiência não quer tirar de casa. E pensamos que seria legal mostrar, fazer um esporte, mostrar para a sociedade, incluir e falar a respeito. Um outro fala da inclusão no mercado de trabalho. Outro mostra esse movimento paralímpico no Brasil, espalhado por todos os estados brasileiros, e o último fala do alto rendimento”, contou.

Desafios

Bushatsky explica que um dos seus maiores desafios na preparação da série foi escolher os personagens. Para ele, muitos temas podem ser abordados a respeito do esporte paralímpico, mas escolher os atletas e limitar todo o material captado no tempo de cada episódio foi o mais difícil, mesmo que uma segunda temporada faça parte dos planos.

“Primeiro foi escolher quem estaria nos quatro primeiros episódios. O outro foi saber quem ia dar o coração desses episódios, porque senão fica uma coisa muito didática. As pessoas gostam de informação, mas o que capta mesmo a emoção é o coração, são os personagens. Então, junto com o Comitê, nós tínhamos muitas histórias para contar, mas escolher quem deveria estar ali, acho que foi o maior desafio”, disse André.

Tendo ultrapassado o número de ingressos vendidos na Paralimpíada do Rio de Janeiro em 2016, os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 também têm surpreendido pela adesão do público, o que gera maior visibilidade dos esportes e dos atletas. O diretor comentou esse reconhecimento dos espectadores na capital francesa.

“Quando começamos a ler a respeito, do que seria feito dentro de Paris, primeiro nos perguntamos como funcionaria, em termos de transportes, etc. Mas tudo está indo tão bem, os próprios franceses resolveram ficar para prestigiar. É um clichê, mas a Cidade-Luz está iluminando o movimento Paralímpico e trazendo o que a gente mais precisa, que é a discussão saudável sobre todos os assuntos”, comemorou.

“A gente tenta não falar tanto da deficiência”

Ao citar as adversidades enfrentadas pelos atletas paralímpicos, o diretor André Bushatsky destaca que a ideia, tanto da série quanto do documentário, é mostrar mais os personagens e menos as deficiências.

“A gente tenta não falar tanto da deficiência em si. São tratados como devem ser tratados, como grandes esportistas, crianças, profissionais. E é interessante ver o brilho nos olhos de todos eles, a perseverança, o querer fazer. É claro que, por trás de tudo isso tem dificuldades no Brasil, como no transporte, nas questões ligadas à área social, que são complexas. Mas são personagens incríveis que estão fazendo acontecer”, disse.

Literatura

André Bushatsky lançou recentemente um livro chamado “Pigalle”, sobre o lendário bairro parisiense de mesmo nome, inspirado no período em que morou na capital francesa, em 2020. Ele conta que apesar da dedicação à direção de projetos audiovisuais, a literatura continua em seus planos.

“Já estou escrevendo um novo livro, que se chama ‘Um Tango para Cronos’, que fala sobre a passagem do tempo em crônicas, diferente da linguagem de ‘Pigalle’. Escrever é isso. É preciso escrever várias vezes até sair um bom resultado, assim como na série. Eu posso caminhar pela literatura e pelo cinema, porque um complementa o outro”, encerrou.

  continue reading

198 episódios

Artwork
iconCompartilhar
 
Manage episode 438564947 series 1089765
Conteúdo fornecido por France Médias Monde and RFI Brasil. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por France Médias Monde and RFI Brasil ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.

As histórias, pessoais e profissionais, de atletas brasileiros de alto rendimento, são o tema da série “Da Inclusão ao Pódio”, do diretor André Bushatsky, contadas em quatro episódios, pela ocasião das Paralimpíadas de Paris. O projeto vai ser transformado em um documentário, que será lançado em dezembro deste ano.

O diretor André Bushatsky está na capital francesa acompanhando a Paralimpíada e coletando material para seu próximo projeto, que será lançado em dezembro. Será um documentário sobre alto rendimento, com personagens que estão competindo em Paris 2024 como Beth Gomes (atletismo); Raֵíssa Rocha (atletismo); Petruccio Ferreira (velocista); Carol Santiago (natação); Cássio Lopes (futebol de cegos) e Bruna Alexandre (tênis de mesa).

Mas enquanto assiste os atletas brasileiros conquistarem medalhas, ele comemora a repercussão da série “Da Inclusão ao Pódio”, exibida pelo canal Sportv e pela Globo Play. Ele conversou com a RFI sobre o projeto, que teve início com uma visita ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em São Paulo.

“Surgiu a ideia de fazer um filme, mas o primeiro projeto que achamos que poderia nascer dessa parceria (com o CPB) era a série. Começamos com quatro episódios. O primeiro fala sobre as crianças e chama ‘Tire as crianças de casa’, e tem esse nome porque durante as pesquisas percebemos que muita gente que tem o filho com alguma deficiência não quer tirar de casa. E pensamos que seria legal mostrar, fazer um esporte, mostrar para a sociedade, incluir e falar a respeito. Um outro fala da inclusão no mercado de trabalho. Outro mostra esse movimento paralímpico no Brasil, espalhado por todos os estados brasileiros, e o último fala do alto rendimento”, contou.

Desafios

Bushatsky explica que um dos seus maiores desafios na preparação da série foi escolher os personagens. Para ele, muitos temas podem ser abordados a respeito do esporte paralímpico, mas escolher os atletas e limitar todo o material captado no tempo de cada episódio foi o mais difícil, mesmo que uma segunda temporada faça parte dos planos.

“Primeiro foi escolher quem estaria nos quatro primeiros episódios. O outro foi saber quem ia dar o coração desses episódios, porque senão fica uma coisa muito didática. As pessoas gostam de informação, mas o que capta mesmo a emoção é o coração, são os personagens. Então, junto com o Comitê, nós tínhamos muitas histórias para contar, mas escolher quem deveria estar ali, acho que foi o maior desafio”, disse André.

Tendo ultrapassado o número de ingressos vendidos na Paralimpíada do Rio de Janeiro em 2016, os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 também têm surpreendido pela adesão do público, o que gera maior visibilidade dos esportes e dos atletas. O diretor comentou esse reconhecimento dos espectadores na capital francesa.

“Quando começamos a ler a respeito, do que seria feito dentro de Paris, primeiro nos perguntamos como funcionaria, em termos de transportes, etc. Mas tudo está indo tão bem, os próprios franceses resolveram ficar para prestigiar. É um clichê, mas a Cidade-Luz está iluminando o movimento Paralímpico e trazendo o que a gente mais precisa, que é a discussão saudável sobre todos os assuntos”, comemorou.

“A gente tenta não falar tanto da deficiência”

Ao citar as adversidades enfrentadas pelos atletas paralímpicos, o diretor André Bushatsky destaca que a ideia, tanto da série quanto do documentário, é mostrar mais os personagens e menos as deficiências.

“A gente tenta não falar tanto da deficiência em si. São tratados como devem ser tratados, como grandes esportistas, crianças, profissionais. E é interessante ver o brilho nos olhos de todos eles, a perseverança, o querer fazer. É claro que, por trás de tudo isso tem dificuldades no Brasil, como no transporte, nas questões ligadas à área social, que são complexas. Mas são personagens incríveis que estão fazendo acontecer”, disse.

Literatura

André Bushatsky lançou recentemente um livro chamado “Pigalle”, sobre o lendário bairro parisiense de mesmo nome, inspirado no período em que morou na capital francesa, em 2020. Ele conta que apesar da dedicação à direção de projetos audiovisuais, a literatura continua em seus planos.

“Já estou escrevendo um novo livro, que se chama ‘Um Tango para Cronos’, que fala sobre a passagem do tempo em crônicas, diferente da linguagem de ‘Pigalle’. Escrever é isso. É preciso escrever várias vezes até sair um bom resultado, assim como na série. Eu posso caminhar pela literatura e pelo cinema, porque um complementa o outro”, encerrou.

  continue reading

198 episódios

Todos os episódios

×
 
Loading …

Bem vindo ao Player FM!

O Player FM procura na web por podcasts de alta qualidade para você curtir agora mesmo. É o melhor app de podcast e funciona no Android, iPhone e web. Inscreva-se para sincronizar as assinaturas entre os dispositivos.

 

Guia rápido de referências