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Steven Gouveia | A inteligência artificial é boa médica?

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As máquinas espertas são cada vez mais espertas. E cada vez mais inevitáveis. O limiar da chegada de uma qualquer forma de inteligência artificial parece cada vez mais realista. E as máquinas podem começar a fazer as coisas de forma melhor e mais consistente do que os seres humanos. No fundo, atravessar a fronteira entre serem umas calculadoras rápidas com muita informação para uns bichos eletrónicos capazes de criar sozinhos soluções melhores para os problemas atuais. Contudo, esta evolução não é moralmente inócua. Li num estudo que ouve especialistas em programação avançada de computadores que eles assumem um risco de que os computadores inteligentes possam decidir de forma autónoma destruir os seres humanos era de 5%. Mas pior do que isto é que estes mesmos especialistas consideram que o caminho da evolução é imparável e por isso nem vale a pena pensar no risco. E esta parte parece-me francamente assustadora: os seres humanos mais inteligentes a programar máquinas parecem demitir-se da sua responsabilidade de prevenir o risco, nem que fosse forçando o abrandar do comboio tecnológico ou até criando um botão de pânico “desliga tudo agora” Portanto, demitiram o seu pensamento moral sobre as coisas. Na conversa desta edição falo com o filósofo Steven Gouveia. Ele dedica-se a pensar no impacto da tecnologia dita inteligente em áreas como a medicina. Por exemplo sobre o problema da máquina do futuro que é ao mesmo tempo, mais eficiente que um médico a tratar um doente e a aprender rapidamente a tratar melhor, mas que ninguém compreende como funciona. É uma caixa negra esperta. E quando algum dia errar ninguém entende porquê. Nem sabe corrigir o que aconteceu porque tudo está encerrado dentro da calculadora. E o médico também não conseguiria explicar ao doente o que aconteceu. Tudo isto num ambiente onde a inteligência artificial não está programada escalas de valores moralmente aceitáveis. É fria, neutra, eficiente e desumana, no mais puro dos significados. Fará parte de uma lista futura dos perigos da inteligência artificial? Recorro por isso ao Steven Gouveia, um filósofo. A profissão que se dedica a pensar por todos nós. Para o ouvir sobre a inteligência artificial, as suas vantagens e desvantagens. E bem que precisamos de pensamento crítico. As decisões individuais acabam sempre por influenciar o futuro coletivo. Embora eu saia desta edição menos otimista. Perceber que as máquinas podem ultrapassar o nosso julgamento moral ou que a democracia afinal é um jogo de resultado pré-determinado deixam-me com uma desagradável sensação de asfixia. Será que a liberdade de expressão também pode afinal ser um jogo de fantasia? Vale a pena passarem na página de Steven Gouveia e verem alguns dos seus cursos de filosofia para o público em geral. São boas ferramentas para a aprender a pensar. Se tem interesse no tema da inteligência artificial aproveite para ouvir também este episódio: MÁRIO GASPAR DA SILVA | CHEGOU A ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL? https://vimeo.com/812185606 LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Transcrição automática do episódio 00:00:00:02 - 00:00:06:21 Steven Gouveia Professor Stephan Gouveia, filósofo e filósofo, é uma profissão. O que é que faz um filósofo. 00:00:07:20 - 00:00:32:09 Steven Gouveia Um filósofo? Coisas que quase não faz? Não faz porque acha que é uma. É uma capacidade ou uma profissão que se calhar não é relevante e nós podemos resumir muito da atividade de um filósofo. Ou pensa ao pensar ou pensar sobre diversos objetos e realidades do mundo que talvez não interessam ou não interessem a grande parte das pessoas. 00:00:32:09 - 00:00:40:10 Steven Gouveia Mas é talvez também porque não são interessantes para o dia a dia, digamos assim, da vivência de acordar, comer, dormir. 00:00:40:27 - 00:00:43:21 Jorge Correia Então delegamos nos filósofos que pensem por nós. 00:00:44:28 - 00:01:20:03
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