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Episódio Flash — Crime sem Sentença: O caso de Rodrigo Lapa

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Passaram 8 anos desde o assassinato do adolescente Rodrigo Lapa que com apenas 15 anos morreu estrangulado, provavelmente por uma gravata, e foi encontrado a 100 metros da casa onde vivia com a mãe, o padrasto e a irmã bebé no Algarve.
O desaparecimento foi reportado pela mãe no dia 22 de fevereiro de 2016 e o seu corpo foi encontrado 10 dias depois disfarçado pela vegetação num terreno baldio. O padrasto viajou para o Brasil no mesmo dia em que foi comunicado o desaparecimento de Rodrigo.
A autópsia revelou que tinha sido agredido na face e no corpo. À volta do pescoço tinha fios elétricos iguais aos encontrados na casa onde vivia. As calças estavam puxadas para baixo e havia sinais de que tinha sido arrastado.
Apesar da suposta encenação da cena do crime, para indicar uma possível agressão sexual, todos os olhares se voltaram para Joaquim Lara Pinto, padrasto e pai da irmã de Rodrigo. Tudo leva a crer que se tratou de uma tentativa para confundir a investigação e dar tempo para o principal suspeito fugir para o país de naturalidade. Do outro lado do oceano e sem possibilidade de extradição não poderia ser julgado em Portugal.
A mãe apresentou vários depoimentos contraditórios às autoridades. Começou por dizer que estava tudo bem e que todos se davam normalmente. Tinha visto Rodrigo sair para a escola na manhã do dia 22, como fazia todos os dias. No fim da tarde não apareceu e perante a ausência de notícias decidiu informar as autoridades.
Mais tarde, alegadamente, admitiu ter presenciado a agressão do companheiro ao filho e indicou que não tinha sido sincera porque receava a reação de Joaquim.
A Polícia Judiciária prosseguiu com a investigação e trabalhou em coordenação com o Ministério Público português. Foi enviada uma carta rogatória para as autoridades judiciárias do Brasil.
Embora tardiamente, organizaram uma rusga ao bairro onde Joaquim Lara Pinto vivia com os pais em Cuiabá, no estado do Mato Grosso. Nessa busca estiveram presentes elementos da polícia brasileira e da PJ. Não conseguiram encontrar o indivíduo mas alegadamente encontraram o iPhone de Rodrigo que ainda tinha a sua conta do Facebook.
Depois de tomar conhecimento de que era procurado com um mandado internacional, Joaquim Lara Pinto decidiu apresentar-se voluntariamente juntamente com o seu advogado. No entanto apresentaram uma declaração psiquiátrica alegando que o suspeito não se encontrava em condições de prestar depoimento. Não prestou por isso declarações.
O Ministério Público acusou Joaquim de homicídio e profanação de cadáver mas o processo teve de tramitar para o sistema judicial brasileiro de forma a prosseguir para julgamento.
Entretanto, o caso está em segredo de justiça e o principal suspeito permanece livre para fazer da sua vida o que bem lhe apetecer.
Em Portugal mais ninguém foi acusado embora a população desconfie seriamente do envolvimento de pelo menos mais uma pessoa.
O pai e os amigos de Rodrigo continuam à espera que seja feita justiça, mas ela teima em aparecer.
Este episódio é um pequeno e humilde contributo para

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O desaparecimento foi reportado pela mãe no dia 22 de fevereiro de 2016 e o seu corpo foi encontrado 10 dias depois disfarçado pela vegetação num terreno baldio. O padrasto viajou para o Brasil no mesmo dia em que foi comunicado o desaparecimento de Rodrigo.
A autópsia revelou que tinha sido agredido na face e no corpo. À volta do pescoço tinha fios elétricos iguais aos encontrados na casa onde vivia. As calças estavam puxadas para baixo e havia sinais de que tinha sido arrastado.
Apesar da suposta encenação da cena do crime, para indicar uma possível agressão sexual, todos os olhares se voltaram para Joaquim Lara Pinto, padrasto e pai da irmã de Rodrigo. Tudo leva a crer que se tratou de uma tentativa para confundir a investigação e dar tempo para o principal suspeito fugir para o país de naturalidade. Do outro lado do oceano e sem possibilidade de extradição não poderia ser julgado em Portugal.
A mãe apresentou vários depoimentos contraditórios às autoridades. Começou por dizer que estava tudo bem e que todos se davam normalmente. Tinha visto Rodrigo sair para a escola na manhã do dia 22, como fazia todos os dias. No fim da tarde não apareceu e perante a ausência de notícias decidiu informar as autoridades.
Mais tarde, alegadamente, admitiu ter presenciado a agressão do companheiro ao filho e indicou que não tinha sido sincera porque receava a reação de Joaquim.
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Depois de tomar conhecimento de que era procurado com um mandado internacional, Joaquim Lara Pinto decidiu apresentar-se voluntariamente juntamente com o seu advogado. No entanto apresentaram uma declaração psiquiátrica alegando que o suspeito não se encontrava em condições de prestar depoimento. Não prestou por isso declarações.
O Ministério Público acusou Joaquim de homicídio e profanação de cadáver mas o processo teve de tramitar para o sistema judicial brasileiro de forma a prosseguir para julgamento.
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Em Portugal mais ninguém foi acusado embora a população desconfie seriamente do envolvimento de pelo menos mais uma pessoa.
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