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Paula Rebelo | O que é notícia na saúde?

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O que é uma grande história de saúde na televisão? Este é o mote para falar de critérios editoriais, fator humano, tecnologia e esperança no futuro. Onde falámos da importância da saúde, das notícias mais interessantes e das pessoas que sabem muito da sua área de saber, mas precisam de treino para explicar coisas complexas ao grande público. O que é uma grande história? O que é uma grande notícia? Todos lemos nos jornais, ouvimos na rádio, vemos na televisão ou simplesmente acompanhamos nas redes sociais as notícias que fazem a chamada atualidade. Cada meio de comunicação tem a sua forma editorial de escolher e contar as notícias. Mas os critérios jornalísticos de base são sempre os mesmos. Manda a atualidade. A importância dos factos para a audiência. A proximidade. A importância das personagens do dia. E outros fatores que são sempre parte da escolha. Tem uma história emoção? Tem interesse humano? Tem boas imagens, bons sons ou fotografias que explicam tudo? E mesmo que uma história tenha tudo isto, a notícia de cada jornalista concorre dentro da colmeia da redação com outras propostas de notícia, com outros temas, com outros feitios de editores e diretores. Uma boa história pode pura simplesmente ficar no congelador se o governo caiu, se o Benfica for campeão, se houver uma tragédia súbita ou um notável morrer. E, algumas vezes, o fútil e acessório, come espaço às notícias que mexem verdadeiramente com a nossa vida. Ou então sou eu a achar que as notícias que assumo como sérias são mais importantes do que aquelas que nos distraem, fazer rir ou invejar as vidas mais leves que as nossas. Mesmo em temas importantes há grandes desequilíbrios nas coberturas noticiosas. Por exemplo, em qualquer redação há vários jornalistas a fazer política. Outros tantos a fazer economia. E ao mesmo nível há também múltiplos jornalistas a fazer desporto. Ou deveria dizer, futebol. O resultado é uma cobertura desproporcional destes temas em relação e outros também muito importantes: a educação, a saúde, o ambiente. Normalmente áreas sociais. E há outro desequilibro: nas notícias há muito, muito, muito Lisboa. E pouco país. Algum Porto. Quase nada Vila Real, Bragança, Viseu ou Évora. Ocasionalmente ouvimos as vozes da Madeira e dos Açores. Mas há demasiado centralismo. Nos temas também é assim. E no caso da saúde sobram uma dezena de jornalistas especialistas sérios a trabalhar um tema de grande importância para todos nós. E o tema saúde é claramente minoritário no menu das notícias do dia. Mesmo em tempos de pandemia ouvimos mais política sobre a pandemia do que saúde, epidemiologia, doentes, médicos. Embora a pandemia até foi um momento de aparente mudança de paradigma: à chuva dos tudólogos, que tudo comentam, de que tudo fingem sabem, juntou-se finalmente uma força de resistência pública e mediática de verdadeiros especialistas. E foi fácil ver a diferença entre a água e o vinho. Temas: 00:04:06 Vertente humana é essencial. 00:11:18 Simplificando histórias complexas 00:16:03 Ciência explicada com honestidade. 00:17:02 Partilha de conhecimento é essencial. 00:24:28 Comunicar durante a pandemia 00:29:28 Inovação no SNS 00:33:24 Flexibilidade e trabalho de equipa 00:39:32 Jornalismo foca no extraordinário. 00:46:37 Valorização da saúde é importante. 00:52:03 Importância do jornalismo crítico. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO 00:00 Jorge Ora Vivam, bem-vindos ao Pergunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Como funcionam as fábricas das notícias? Como escolhem os factos que merecem ser notícia ou jornalistas? Que critérios usam para incluir no telejornal o relato de factos ou a explicação de contextos? E na área da saúde? São os critérios os mesmos? Esta edição é sobre isso, sobre notícias da saúde, como se fazem notícias na área da saúde, sobre a maneira como se escolhem as notícias que são notícia,
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