Escola da Vida - Episódio 475 – Fabio Flores

Precisava Ouvir Isso

“Na “Escola da Vida” se aprende de um jeito diferente. Quem passa direto as vezes aprende menos que o repetente”. Na escola que ensinou pra gente quais eram os afluentes da margem esquerda do Rio Amazonas... o método de avaliação fazia a gente acreditar que quem passa direto no final do ano aprendeu mais do que os que ficaram de recuperação. Afinal de contas, se ficou de recuperação é porque não aprendeu e por isso vai precisar de mais tempo pra aprender. Esta é a lógica é bem diferente da lógica da “Escola da Vida”. Na “Escola da Vida” quem fica de recuperação e se recupera pode aprender bem mais do que quem passou direto. Até quem fica reprovado pode aprender bem mais do que a pessoa que passa direto. A “Escola da Vida” tem uma professora muito rigorosa. Ela não arredonda nota pra gente passar. A gente precisa provar que aprendeu senão ela repete a mesma lição em novas situações e com novas pessoas até a gente provar que aprendeu a perceber os riscos e as oportunidades que nossas escolhas ou omissões podem trazer. A “Escola da Vida” não tem formatura. A gente está sempre sendo surpreendido por uma prova relâmpago. Do nada, esta professora pede pra gente tirar uma folha do caderno e anotar uma nova questão a ser respondida. Muitas vezes é uma prova sem consulta. Não dá pra consultar livros, apostilas nem o coleguinha do lado. Por que o desafio é tão inédito que ninguém tem ainda a resposta. A gente aprende fazendo, vivendo e até mesmo doendo. A “Escola da Vida” é mais generosa com quem fica de recuperação e se recupera. As vezes quem passa direto passa até sem saber como e por que passou. Simplesmente a pessoa passa... sem reter nenhum aprendizado. É como aquela pessoa que vive em uma relação afetiva morna. A pessoa não tem grandes emoções nem decepções. A relação segue anos, as vezes décadas, sem grandes aventuras nem rachaduras. Todo ano o casal comemora o aniversário da relação com festas que cada vez trazem mais convidados porque já não agüentam ficar a sós. ... Eles passam de ano mas o ano não passa por eles. Mas os casais que erram e aprendem com os erros vivem com muito mais intensidade os aprendizados da relação. A “Escola da Vida” submete o casal a conhecer melhor as capacidades de amar, perdoar, sentir, ressentir, se doar, seduzir, escutar e se reinventar... depois de cada crise superada ficam as lições aprendidas e a vontade de aprender ainda mais sobre o relacionamento e sobre o outro. Por isso que te disse no começo deste episódio que “Na “Escola da Vida” se aprende de um jeito diferente. Quem passa direto as vezes aprende menos que o repetente”. Esta clareza sobre as lições da “Escola da Vida” é bem parecida com a do inventor da lâmpada elétrica. Tomas Edison quando estava tentando criar a primeira lâmpada elétrica fez muitos experimentos. Fez tantos experimentos que um dia o seu assistente de laboratório chegou a dar um conselho pra ele... ô seu Edison... vamo tentar inventar outra coisa. O senhor já tentou mais de 10 mil vezes e não deu em nada. Parte pra outra... Daí Tomas Edison já deu um corte violento... e falou o seguinte: Qual é Menor? Tá de câo? Qual é da vacilação? Eu não errei 10 mil vezes... eu aprendi 10 mil caminhos que não me levam onde eu quero chegar. Agora eu to bem mais perto do caminho certo. ... e assim aconteceu. Poucos meses depois ele inventou a lâmpada elétrica e revolucionou o mundo. Então... se você estiver passando por um momento de provação... se tiver vivendo uma grande dificuldade,,, busque compreender este momento como a professora da “Escola da Vida” tentando te oferecer mais uma oportunidade pra aprender. Receba com Gratidão esta chance de se tornar ainda melhor do que você já é. Busque os aprendizados que estão sendo construídos, busque novos caminhos pra chegar onde quer chegar. Tomas Edison precisou de 10 mil tentativas pra revolucionar o mundo. Eu penso que você vai precisar de muito menos pra revolucionar a sua vida.