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Os 4 Conceitos fundamentais da Psicanálise: de Freud a Lacan: Sobre psicossomática de Freud. A função de um sintoma (Parte 5)
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Dra. Lisiane Fachinetto
Psicanalista, professora universitária, doutora em Educação pela USP, formação em psicanálise que passa pela APPOA (Associação Psicanalítica de Porto Alegre), pelo Centre Medical Marmottan (Paris/França), centro de referência em tratamento das toxicomanias fundado e dirigido por Claude Olievenstein na época do estágio. Participou dos cursos e das discussões do grupo de transmissão e pesquisa em psicanálise do Instituto da Psicanálise Lacaniana, IPLA, sediado em São Paulo, e presidido pelo Dr. Jorge Forbes.
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INTRO
O que Freud nos indica, desde o primeiro tempo, é que a transferência é essencialmente resistente, Ubertragungswiderstand. A transferência é o meio pelo qual se interrompe a comunicação do inconsciente, pelo qual o inconsciente torna a se fechar.Longe de ser passagem de poderes ao inconsciente, a transferência é, ao contrário, seu fechamento. (LACAN, 1964, p. 125).
O que se repete, com efeito, é sempre algo que se produz – a expressão nos diz bastante sua relação com a tique – como por acaso. É no que nós, analistas, não nos deixamos jamais tapear, por princípio. No mínimo, apontamos sempre que não é preciso nos deixarmos pegar quando o sujeito nos diz que aconteceu alguma coisa que, naquele dia, o impediu de realizar sua vontade, isto é, de vir à sessão. Não há que tomar as coisas ao pé da declaração do sujeito – na medida em que aquilo com que precisamente temos de trabalhar é com esse tropeção, esse fisgamento, que reencontramos a todo instante. É este o modo de apreensão por excelência que comanda a nova decifragem que demos das relações do sujeito com o que faz sua condição. (LACAN, 1964, p. 56).
A constância do impulso proíbe qualquer assimilação da pulsão a uma função biológica, a qual tem sempre um ritmo. A primeira coisa que diz Freud da pulsão é, se posso me exprimir assim, que ela não tem dia nem noite, não tem primavera nem outono, que ela não tem subida nem descida. É uma força constante. Seria preciso levar em conta igualmente os textos e a experência. (LACAN, 1964, p. 157).
PODCAST E CANAL DO YOUTUBE: PSICANALIZANDO
Produção e edição de Leonardo Gonçalves Wild
61 episódios
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INTRO
O que Freud nos indica, desde o primeiro tempo, é que a transferência é essencialmente resistente, Ubertragungswiderstand. A transferência é o meio pelo qual se interrompe a comunicação do inconsciente, pelo qual o inconsciente torna a se fechar.Longe de ser passagem de poderes ao inconsciente, a transferência é, ao contrário, seu fechamento. (LACAN, 1964, p. 125).
O que se repete, com efeito, é sempre algo que se produz – a expressão nos diz bastante sua relação com a tique – como por acaso. É no que nós, analistas, não nos deixamos jamais tapear, por princípio. No mínimo, apontamos sempre que não é preciso nos deixarmos pegar quando o sujeito nos diz que aconteceu alguma coisa que, naquele dia, o impediu de realizar sua vontade, isto é, de vir à sessão. Não há que tomar as coisas ao pé da declaração do sujeito – na medida em que aquilo com que precisamente temos de trabalhar é com esse tropeção, esse fisgamento, que reencontramos a todo instante. É este o modo de apreensão por excelência que comanda a nova decifragem que demos das relações do sujeito com o que faz sua condição. (LACAN, 1964, p. 56).
A constância do impulso proíbe qualquer assimilação da pulsão a uma função biológica, a qual tem sempre um ritmo. A primeira coisa que diz Freud da pulsão é, se posso me exprimir assim, que ela não tem dia nem noite, não tem primavera nem outono, que ela não tem subida nem descida. É uma força constante. Seria preciso levar em conta igualmente os textos e a experência. (LACAN, 1964, p. 157).
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