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Panteão de Paris recebe exposição sobre história das Paralimpíadas

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“Histórias Paralímpicas – da integração esportiva à inclusão social”, em cartaz no Panteão de Paris, traz um panorama do fenômeno esportivo paralímpico, desde o seu início até os dias de hoje. A exposição acontece paralelamente aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

Patrícia Moribe, em Paris

Através de cartazes de época, fotografias de momentos históricos e sequências de filmes, o visitante acompanha o desenvolvimento da prática esportiva para deficientes, desde as primeiras competições, chamadas “hospitalares”, realizadas no hospital de Stoke Mandeville, no Reino Unido, sob supervisão do dr. Ludwig Guttmann, em 1948, passando por Roma, quando acontecem os primeiros Jogos Paralímpicos, em 1960, na ocasião só para cadeirantes, até que progressivamente englobassem todas as pessoas com deficiência, como é o caso hoje.

“É uma exposição que segue um eixo histórico e que busca mostrar a evolução histórica desse movimento esportivo, que nasceu no final da Segunda Guerra Mundial e teve um grande desenvolvimento durante a segunda metade do século 20. E, desde, digamos, os anos 2000, está se tornando cada vez mais mediático, o que não era o caso antes”, explica Anne Marcellini, especialista em sociologia do esporte da Universidade de Lausanne, na Suíça e comissária da exposição, junto com Sylvain Ferez.

“No início, essa prática esportiva foi imaginada por médicos para ajudar na reabilitação física dos jovens feridos de guerra. Mas, rapidamente, também se consolidou a ideia de que essa reabilitação deveria ajudar esses jovens a retornarem à vida social e profissional”, acrescenta.

“Os impactos dessa evolução se refletem também no nível social, com uma mudança na maneira como o mundo vê a deficiência. Antes dos Jogos Paralímpicos, as pessoas com deficiência viviam mais isoladas, de forma menos visível”, explica Barbara Wollfer, administradora do Panteão. “Essa questão da visibilidade é muito importante. Os Jogos Paralímpicos colocam o corpo em evidência, e essa visibilidade muda a maneira como as pessoas enxergam aqueles em situação de deficiência. Então, uma dimensão muito importante dessa exposição é mostrar isso e ir além da questão puramente esportiva”, acrescenta.

O percurso da exposição foi pensado também para o púbico com deficiência. Além do material visual, há audiodescrições, textos, documentos em Braille e explicações em língua de sinais francesa e internacional. Há próteses e cadeiras de rodas antigas, e suas versões mais modernas. A mostra conta ainda com mascotes dos Jogos e versões de bonecas, como a Barbie, com deficiências.

O imponente edifício Panteão de Paris, no alto do monte Santa Genoveva, no 5° distrito de Paris, foi construído entre 1759 e 1790, a pedido do rei Luís 15. O prédio abriga os restos mortais de grandes figuras da história francesa, como os filósofos Voltaire e Rousseau, o escritor Victor Hugo, a cientista Marie Curie, a artista nascida nos Estados Unidos Josephine Baker, e Simone Veil, sobrevivente do Holocausto e política que defendeu o projeto de lei pelo aborto, em 1974.

“O Panteão é o lugar de reconhecimento dos grandes homens e mulheres da nação. Essas figuras se destacaram especialmente por suas lutas pela emancipação e igualdade”, explica Barbara Wollfer. “Entre esses grandes homens está Louis Braille, o inventor da escrita tátil, que descansa no Panteão desde 1952. Portanto, foi bastante natural organizar essa exposição aqui, pois é também a história de uma luta pela igualdade.

“Histórias Paralímpicas – da integração esportiva à inclusão social”, fica em cartaz no Panteão de Paris até 29 de setembro de 2024.

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Patrícia Moribe, em Paris

Através de cartazes de época, fotografias de momentos históricos e sequências de filmes, o visitante acompanha o desenvolvimento da prática esportiva para deficientes, desde as primeiras competições, chamadas “hospitalares”, realizadas no hospital de Stoke Mandeville, no Reino Unido, sob supervisão do dr. Ludwig Guttmann, em 1948, passando por Roma, quando acontecem os primeiros Jogos Paralímpicos, em 1960, na ocasião só para cadeirantes, até que progressivamente englobassem todas as pessoas com deficiência, como é o caso hoje.

“É uma exposição que segue um eixo histórico e que busca mostrar a evolução histórica desse movimento esportivo, que nasceu no final da Segunda Guerra Mundial e teve um grande desenvolvimento durante a segunda metade do século 20. E, desde, digamos, os anos 2000, está se tornando cada vez mais mediático, o que não era o caso antes”, explica Anne Marcellini, especialista em sociologia do esporte da Universidade de Lausanne, na Suíça e comissária da exposição, junto com Sylvain Ferez.

“No início, essa prática esportiva foi imaginada por médicos para ajudar na reabilitação física dos jovens feridos de guerra. Mas, rapidamente, também se consolidou a ideia de que essa reabilitação deveria ajudar esses jovens a retornarem à vida social e profissional”, acrescenta.

“Os impactos dessa evolução se refletem também no nível social, com uma mudança na maneira como o mundo vê a deficiência. Antes dos Jogos Paralímpicos, as pessoas com deficiência viviam mais isoladas, de forma menos visível”, explica Barbara Wollfer, administradora do Panteão. “Essa questão da visibilidade é muito importante. Os Jogos Paralímpicos colocam o corpo em evidência, e essa visibilidade muda a maneira como as pessoas enxergam aqueles em situação de deficiência. Então, uma dimensão muito importante dessa exposição é mostrar isso e ir além da questão puramente esportiva”, acrescenta.

O percurso da exposição foi pensado também para o púbico com deficiência. Além do material visual, há audiodescrições, textos, documentos em Braille e explicações em língua de sinais francesa e internacional. Há próteses e cadeiras de rodas antigas, e suas versões mais modernas. A mostra conta ainda com mascotes dos Jogos e versões de bonecas, como a Barbie, com deficiências.

O imponente edifício Panteão de Paris, no alto do monte Santa Genoveva, no 5° distrito de Paris, foi construído entre 1759 e 1790, a pedido do rei Luís 15. O prédio abriga os restos mortais de grandes figuras da história francesa, como os filósofos Voltaire e Rousseau, o escritor Victor Hugo, a cientista Marie Curie, a artista nascida nos Estados Unidos Josephine Baker, e Simone Veil, sobrevivente do Holocausto e política que defendeu o projeto de lei pelo aborto, em 1974.

“O Panteão é o lugar de reconhecimento dos grandes homens e mulheres da nação. Essas figuras se destacaram especialmente por suas lutas pela emancipação e igualdade”, explica Barbara Wollfer. “Entre esses grandes homens está Louis Braille, o inventor da escrita tátil, que descansa no Panteão desde 1952. Portanto, foi bastante natural organizar essa exposição aqui, pois é também a história de uma luta pela igualdade.

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