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Hipertensão arterial pode ser silenciosa e ter consequências graves sem tratamento

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A hipertensão arterial, ou pressão alta, atinge cerca de 1 bilhão e 280 milhões de pessoas no mundo. A doença provoca uma pressão excessiva na parede das artérias e o coração do hipertenso precisa fazer um esforço maior para distribuir o sangue no corpo, o que acaba sobrecarregando os órgãos. O diagnóstico é feito quando são detectadas duas medidas acima de 14.9 mmHg (ou 14 por 9).

Sem tratamento, a hipertensão pode ter consequências graves e causar derrames, infarto, insuficiência cardíaca e problemas renais. Ela pode ser primária, sem causa definida, ou secundária. Neste caso, normalmente está associada a outra doença pré-existente.

Os sintomas são variados e incluem vertigens, dores de cabeça, problemas visuais e até zumbidos no ouvido. Mas, muitas vezes, a doença pode passar despercebida - e aí é que mora o perigo.

O diagnóstico precoce previne as complicações. Um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), no ano passado, mostrou que 76 milhões de mortes poderiam ser evitadas entre 2023 e 2050 se a hipertensão tivesse sido detectada a tempo.

De acordo com o clínico geral francês Nicolas Postel-Vinay, que atua no setor de Hipertensão Arterial do Hospital Georges Pompidou, em Paris, a doença atinge principalmente adultos acima dos 50 anos.

Jovens que tiveram doenças renais na infância e mulheres que desenvolveram pressão alta na gravidez ou usam anticoncepcionais também devem ficar atentos, mesmo na ausência de sinais específicos.

A obesidade, o sedentarismo e o consumo de sal são outros fatores de risco conhecidos. Há, ainda, a predisposição genética – pessoas com mãe ou pai hipertensos têm mais chances de desenvolver a doença.

Em 80% dos casos, diz o médico francês, a causa da pressão alta não é identificada, mas o diagnóstico precoce previne as complicações. Os tratamentos são individualizados e podem incluir moléculas diferentes, disse Postel Vinay ao programa Priorité Santé, da RFI.

“Os tratamentos contra a hipertensão arterial são muito eficazes. Mas ele deve ser seguido à risca e os medicamentos tomados todos os dias. Esse é um dos principais problemas que temos. Em geral, cerca de metade dos pacientes não toma o remédio como deveria”, lamenta.

Pressão desregulada afeta o humor

O cardiologista Aimé Bonny, que atua no hospital Le Raincy-Montfermeil, na região parisiense, explicou à RFI que a hipertensão arterial também pode provocar sintomas cognitivos e afetar o humor, principalmente se ela estiver muito acima do normal.

“Hoje também já está demonstrado que a hipertensão arterial pode acelerar os problemas cognitivos em alguns pacientes, explica. "Doenças como o Mal de Alzheimer, ou muitas outras, podem se desenvolver mais rápido se estiverem associadas à pressão alta. Se o paciente for jovem e tiver problemas de memória, é necessário eliminar o diagnóstico”, diz.

Ter uma vida saudável também é essencial para evitar e tratar o problema. Assim como no caso de outras patologias, é importante manter uma atividade fisica regular, beber pouco e banir o cigarro.

Saber medir a pressão arterial também é essencial para um tratamento bem sucedido, explica Nicolas Postel-Vinay.

"Depois da confirmação da doença, o paciente deve comprar um monitor de pressão arterial, de preferência usado no braço, como o do médico", diz. "A pressão deve ser medida em repouso, duas vezes por dia, de manhã e à noite. Pela manhã, medimos duas ou três vezes e anotamos o resultado".

"De noite fazemos a mesma coisa, com um minuto de intervalo. Repetimos o procedimento de três a sete dias seguidos. Os dados dão uma ideia precisa da situação da pressão arterial. Em seguida, o paciente deve somar todos esses números e obtemos uma média."

Em função dos resultados, é preciso consultar um médico rapidamente, alerta. Caso contrário, um novo controle pode ser realizado entre três e seis meses, explica. “Se os resultados são bons, é desnecessário medir a pressão todos os dias”.

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Sem tratamento, a hipertensão pode ter consequências graves e causar derrames, infarto, insuficiência cardíaca e problemas renais. Ela pode ser primária, sem causa definida, ou secundária. Neste caso, normalmente está associada a outra doença pré-existente.

Os sintomas são variados e incluem vertigens, dores de cabeça, problemas visuais e até zumbidos no ouvido. Mas, muitas vezes, a doença pode passar despercebida - e aí é que mora o perigo.

O diagnóstico precoce previne as complicações. Um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), no ano passado, mostrou que 76 milhões de mortes poderiam ser evitadas entre 2023 e 2050 se a hipertensão tivesse sido detectada a tempo.

De acordo com o clínico geral francês Nicolas Postel-Vinay, que atua no setor de Hipertensão Arterial do Hospital Georges Pompidou, em Paris, a doença atinge principalmente adultos acima dos 50 anos.

Jovens que tiveram doenças renais na infância e mulheres que desenvolveram pressão alta na gravidez ou usam anticoncepcionais também devem ficar atentos, mesmo na ausência de sinais específicos.

A obesidade, o sedentarismo e o consumo de sal são outros fatores de risco conhecidos. Há, ainda, a predisposição genética – pessoas com mãe ou pai hipertensos têm mais chances de desenvolver a doença.

Em 80% dos casos, diz o médico francês, a causa da pressão alta não é identificada, mas o diagnóstico precoce previne as complicações. Os tratamentos são individualizados e podem incluir moléculas diferentes, disse Postel Vinay ao programa Priorité Santé, da RFI.

“Os tratamentos contra a hipertensão arterial são muito eficazes. Mas ele deve ser seguido à risca e os medicamentos tomados todos os dias. Esse é um dos principais problemas que temos. Em geral, cerca de metade dos pacientes não toma o remédio como deveria”, lamenta.

Pressão desregulada afeta o humor

O cardiologista Aimé Bonny, que atua no hospital Le Raincy-Montfermeil, na região parisiense, explicou à RFI que a hipertensão arterial também pode provocar sintomas cognitivos e afetar o humor, principalmente se ela estiver muito acima do normal.

“Hoje também já está demonstrado que a hipertensão arterial pode acelerar os problemas cognitivos em alguns pacientes, explica. "Doenças como o Mal de Alzheimer, ou muitas outras, podem se desenvolver mais rápido se estiverem associadas à pressão alta. Se o paciente for jovem e tiver problemas de memória, é necessário eliminar o diagnóstico”, diz.

Ter uma vida saudável também é essencial para evitar e tratar o problema. Assim como no caso de outras patologias, é importante manter uma atividade fisica regular, beber pouco e banir o cigarro.

Saber medir a pressão arterial também é essencial para um tratamento bem sucedido, explica Nicolas Postel-Vinay.

"Depois da confirmação da doença, o paciente deve comprar um monitor de pressão arterial, de preferência usado no braço, como o do médico", diz. "A pressão deve ser medida em repouso, duas vezes por dia, de manhã e à noite. Pela manhã, medimos duas ou três vezes e anotamos o resultado".

"De noite fazemos a mesma coisa, com um minuto de intervalo. Repetimos o procedimento de três a sete dias seguidos. Os dados dão uma ideia precisa da situação da pressão arterial. Em seguida, o paciente deve somar todos esses números e obtemos uma média."

Em função dos resultados, é preciso consultar um médico rapidamente, alerta. Caso contrário, um novo controle pode ser realizado entre três e seis meses, explica. “Se os resultados são bons, é desnecessário medir a pressão todos os dias”.

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