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Apesar da guerra, economia israelense se mantém estável, analisa revista francesa

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A economia israelense ainda não sente os efeitos da guerra contra o Hamas, mas a situação pode mudar, de acordo com uma análise da revista francesa L’Express publicada nesta semana. Já Le Point e Nouvel Obs especulam sobre os próximos capítulos do conflito.

“As guerras nunca poupam a economia israelense”, diz matéria da L’Express.

Os fluxos de produção e distribuição foram afetados, principalmente com a mobilização dos reservistas do Exército. A guerra começou no dia 7 de outubro de 2023. No mesmo mês, 360.000 homens e mulheres foram convocados pelo Exército. Grandes grupos econômicos suspenderam ou reduziram as atividades, relata a revista francesa.

“Para Israel, dependente do comércio exterior, as importações de mercadorias caíram 15% em 2023 em comparação com o ano anterior”, diz L’Express, sendo que a maior parte das importações vinha dos Estados Unidos, da China e da União Europeia.

“O maior impacto foi sentido nas importações de máquinas, combustíveis, equipamentos elétricos e eletrônicos, assim como veículos, todos esses bens sendo essenciais para a atividade econômica israelense”, segundo L’Express. As importações sofreram em menor escala – 8%.

Diversificação e tecnologia

Para a pesquisadora Naama Valdman-Pardon, ligada ao Instituto de Estudos de Segurança Nacional, a resiliência de Israel se deve à diversificação e múltiplas relações comerciais. Ela lembra ainda que a indústria de tecnologia, pilar da economia, continua crescendo de vento em popa.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que o crescimento israelense continuará positivo em 2024, com um aumento do PIB de cerca de 2%, em comparação com 6% em 2021.

Mas a longo prazo, os desafios estão presentes, principalmente em relação ao fornecimento de energia, impactado por sua vez pelo conflito na Ucrânia.

Nouvel Obs, em editorial, questiona até onde vai o conflito, depois de Israel ter eliminado vários líderes ligados ao Hezbollah nas últimas semanas. Benjamin Netanyahu conseguiu se reposicionar no centro do jogo, mas qual a sua visão do “depois”? Continuar a guerra poderia ser uma escalada desnecessária, avalia a revista.

O Hezbollah “também terá que revisar sua estratégia e até mesmo sua razão de existir”, acrescenta Nouvel Obs.

Le Point analisa as consequências do conflito para o Irã. “A teocracia que deseja apagar Israel do mapa mundial está fragilizada, e sua estratégia encontra-se em um impasse”, diz em editorial, lembrando que Ali Khamenei, líder supremo da República Islâmica do Irã desde 1989, já tem 85 anos e seu reinado se aproxima do fim.

Depois de derrotar o Hezbollah e decapitar o Hamas, Israel pode ser tentado a aproveitar a vantagem para enfraquecer o Irã. Os reveses sofridos por seus aliados forçaram o Irã a entrar diretamente na arena. “Ao se expor dessa forma, a República Islâmica apenas exibiu sua fraqueza militar e, portanto, sua vulnerabilidade”, escreve Le Point.

O que a república dos aiatolás vai fazer quando chegar a prometida retaliação anunciada por Israel? Assim como Nouvel Obs, Le Point também especula se, acuado, o Irã vai apelar para o uso de armas nucleares.

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“As guerras nunca poupam a economia israelense”, diz matéria da L’Express.

Os fluxos de produção e distribuição foram afetados, principalmente com a mobilização dos reservistas do Exército. A guerra começou no dia 7 de outubro de 2023. No mesmo mês, 360.000 homens e mulheres foram convocados pelo Exército. Grandes grupos econômicos suspenderam ou reduziram as atividades, relata a revista francesa.

“Para Israel, dependente do comércio exterior, as importações de mercadorias caíram 15% em 2023 em comparação com o ano anterior”, diz L’Express, sendo que a maior parte das importações vinha dos Estados Unidos, da China e da União Europeia.

“O maior impacto foi sentido nas importações de máquinas, combustíveis, equipamentos elétricos e eletrônicos, assim como veículos, todos esses bens sendo essenciais para a atividade econômica israelense”, segundo L’Express. As importações sofreram em menor escala – 8%.

Diversificação e tecnologia

Para a pesquisadora Naama Valdman-Pardon, ligada ao Instituto de Estudos de Segurança Nacional, a resiliência de Israel se deve à diversificação e múltiplas relações comerciais. Ela lembra ainda que a indústria de tecnologia, pilar da economia, continua crescendo de vento em popa.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que o crescimento israelense continuará positivo em 2024, com um aumento do PIB de cerca de 2%, em comparação com 6% em 2021.

Mas a longo prazo, os desafios estão presentes, principalmente em relação ao fornecimento de energia, impactado por sua vez pelo conflito na Ucrânia.

Nouvel Obs, em editorial, questiona até onde vai o conflito, depois de Israel ter eliminado vários líderes ligados ao Hezbollah nas últimas semanas. Benjamin Netanyahu conseguiu se reposicionar no centro do jogo, mas qual a sua visão do “depois”? Continuar a guerra poderia ser uma escalada desnecessária, avalia a revista.

O Hezbollah “também terá que revisar sua estratégia e até mesmo sua razão de existir”, acrescenta Nouvel Obs.

Le Point analisa as consequências do conflito para o Irã. “A teocracia que deseja apagar Israel do mapa mundial está fragilizada, e sua estratégia encontra-se em um impasse”, diz em editorial, lembrando que Ali Khamenei, líder supremo da República Islâmica do Irã desde 1989, já tem 85 anos e seu reinado se aproxima do fim.

Depois de derrotar o Hezbollah e decapitar o Hamas, Israel pode ser tentado a aproveitar a vantagem para enfraquecer o Irã. Os reveses sofridos por seus aliados forçaram o Irã a entrar diretamente na arena. “Ao se expor dessa forma, a República Islâmica apenas exibiu sua fraqueza militar e, portanto, sua vulnerabilidade”, escreve Le Point.

O que a república dos aiatolás vai fazer quando chegar a prometida retaliação anunciada por Israel? Assim como Nouvel Obs, Le Point também especula se, acuado, o Irã vai apelar para o uso de armas nucleares.

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