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Eleição polarizada nos EUA é considerada ‘confronto de duas Américas’ por revista francesa

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A revista Le Nouvel Obs desta semana destaca na capa “o confronto de duas Américas” ao se referir às eleições presidenciais nos Estados Unidos em pouco mais de duas semanas, na qual Donald Trump e Kamala Harris se enfrentarão. Enquanto isso, a revista francesa Le Point aponta o estado do Michigan como decisivo no pleito, pois o voto da comunidade árabe-muçulmana, a maior dos EUA, arrisca trocar de lado por conta do apoio de Kamala Harris a Israel.

Para a Le Nouvel Obs, “o país mais poderoso do mundo terá que escolher entre dois candidatos que não têm nada em comum” e explica que o confronto sem precedentes é o legado das mudanças sociais, culturais e demográficas que transformaram os EUA nas últimas décadas.

A revista afirma que o lado de Donald Trump insiste em falar de uma “invasão de migrantes trazendo genes ruins”, que supostamente, seria orquestrada pela rival Kamala Harris. Ela, por sua vez, bate na tecla do direito ao aborto, combatido pelo ex-presidente republicano, e outras temáticas atuais, se aproximando dos jovens e mulheres.

A semanal contrapõe vários outros pontos para detalhar as duas visões opostas que competem pela presidência dos Estados Unidos, pontos que se tornam mais radicais à medida que a batalha de 5 de novembro se aproxima. “De um lado, o ex-presidente branco de 78 anos, empresário bilionário, filho de um magnata do setor imobiliário e criminoso condenado. Do outro, a vice-presidente de 59 anos, uma mulher de classe média, filha de imigrantes indianos e jamaicanos e promotora pública”, resume a revista.

Voto decisivo da comunidade árabe-muçulmana

Enquanto isso, a revista francesa Le Point aponta o estado do Michigan como decisivo nestas eleições presidenciais americanas. Michigan conta com a maior comunidade árabe dos Estados Unidos, composta por cerca de 300 mil pessoas, sendo que 2,4% dos seus habitantes são muçulmanos.

Segundo a publicação, muitos deles criticam a Casa Branca por seu apoio a Israel e, consequentemente, contestam o posicionamento de Kamala Harris. No texto, a revista Le Point coloca em cheque o apoio do estado do Michigan, tradicionalmente democrata, que pode se virar ao lado oposto em 5 de novembro. Por isso a importância do voto da comunidade árabe-muçulmana no caso de uma eleição apertada.

Leia tambémCandidata à presidência dos EUA democrata e armada: por que declarações de Harris não chocam eleitorado americano?

O presidente do Instituto Árabe-Americano, James Zogby afirmou à revista Le Point: “O Oriente Médio nunca está entre as questões mais importantes. Desta vez, está entre os três primeiros assuntos, algo que não acontecia desde 1994”.

A publicação semanal demonstra que apesar do contrassenso sobre apoiar um candidato claramente anti-imigrante, alguns religiosos muçulmanos do estado afirmaram à reportagem acreditar que “Trump nunca iniciou uma guerra. Mas que os democratas é que estão enterrados até os joelhos em sangue”.

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A revista Le Nouvel Obs desta semana destaca na capa “o confronto de duas Américas” ao se referir às eleições presidenciais nos Estados Unidos em pouco mais de duas semanas, na qual Donald Trump e Kamala Harris se enfrentarão. Enquanto isso, a revista francesa Le Point aponta o estado do Michigan como decisivo no pleito, pois o voto da comunidade árabe-muçulmana, a maior dos EUA, arrisca trocar de lado por conta do apoio de Kamala Harris a Israel.

Para a Le Nouvel Obs, “o país mais poderoso do mundo terá que escolher entre dois candidatos que não têm nada em comum” e explica que o confronto sem precedentes é o legado das mudanças sociais, culturais e demográficas que transformaram os EUA nas últimas décadas.

A revista afirma que o lado de Donald Trump insiste em falar de uma “invasão de migrantes trazendo genes ruins”, que supostamente, seria orquestrada pela rival Kamala Harris. Ela, por sua vez, bate na tecla do direito ao aborto, combatido pelo ex-presidente republicano, e outras temáticas atuais, se aproximando dos jovens e mulheres.

A semanal contrapõe vários outros pontos para detalhar as duas visões opostas que competem pela presidência dos Estados Unidos, pontos que se tornam mais radicais à medida que a batalha de 5 de novembro se aproxima. “De um lado, o ex-presidente branco de 78 anos, empresário bilionário, filho de um magnata do setor imobiliário e criminoso condenado. Do outro, a vice-presidente de 59 anos, uma mulher de classe média, filha de imigrantes indianos e jamaicanos e promotora pública”, resume a revista.

Voto decisivo da comunidade árabe-muçulmana

Enquanto isso, a revista francesa Le Point aponta o estado do Michigan como decisivo nestas eleições presidenciais americanas. Michigan conta com a maior comunidade árabe dos Estados Unidos, composta por cerca de 300 mil pessoas, sendo que 2,4% dos seus habitantes são muçulmanos.

Segundo a publicação, muitos deles criticam a Casa Branca por seu apoio a Israel e, consequentemente, contestam o posicionamento de Kamala Harris. No texto, a revista Le Point coloca em cheque o apoio do estado do Michigan, tradicionalmente democrata, que pode se virar ao lado oposto em 5 de novembro. Por isso a importância do voto da comunidade árabe-muçulmana no caso de uma eleição apertada.

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O presidente do Instituto Árabe-Americano, James Zogby afirmou à revista Le Point: “O Oriente Médio nunca está entre as questões mais importantes. Desta vez, está entre os três primeiros assuntos, algo que não acontecia desde 1994”.

A publicação semanal demonstra que apesar do contrassenso sobre apoiar um candidato claramente anti-imigrante, alguns religiosos muçulmanos do estado afirmaram à reportagem acreditar que “Trump nunca iniciou uma guerra. Mas que os democratas é que estão enterrados até os joelhos em sangue”.

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