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Cesar Cielo: Olimpíadas e passeios com o totó

 
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Nadador mais vitorioso da história do país fala do medo de aposentar, de grana, de preparação física e muito mais O único nadador brasileiro a conquistar uma medalha de ouro em Olimpíadas, Cesar Cielo acaba de entrar para o Hall da Fama da modalidade. Apesar de estar fora das competições há quatro anos, ele garante que, se uma voz divina chamar, ele volta. A verdade é que o Cesão, como é conhecido pelos amigos, ainda não encontrou as palavras para dizer adeus. Apesar de afirmar que odiou 99% de seu tempo dentro das piscinas (passou frio, dor e cansaço), a glória encapsulada dentro deste 1% restante é tão grande que o atleta ainda não encontrou a vontade de tirar seu nome das federações internacionais. Em um papo com o Trip FM, ele fala do desalento de se aposentar, mas também da vida nova que encontrou longe das competições, passando tempo com a família e passeando com o cachorro em Itajaí, Santa Catarina. Isso além de comentar sobre preparo físico, grana e muito mais. “Hoje a minha profissão não é mais ser atleta de alto rendimento, mas vou ser atleta a minha vida inteira. Nadar para mim é como escovar o dente”, diz. Confira um trecho abaixo, dê o play no programa completo ou procure a gente no Spotify para mais episódios. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2023/05/6455282459ac3/cesar-cielo-nadador-tripfm-mh.jpg; CREDITS=undefined; LEGEND=undefined; ALT_TEXT=undefined] Trip. O que você sentiu antes de se aposentar? Cesar Cielo. Aposentar é infinitamente o pior momento da minha vida, tanto que oficialmente o meu nome ainda está no cadastro das federações internacionais. Eu tive a oportunidade de ganhar todos os grandes torneios de natação. A sensação de parar de fazer algo em que você foi o melhor do mundo, colocar em um caixão, é um vazio muito grande. É difícil porque você continua com a mentalidade do campeão. Eu vejo os campeonatos e quero nadar, mas não quero pagar o preço de acordar cedo e cair na água fria todo dia, com dor. Tem hora que você começa a atrapalhar a pessoa que você pode se tornar porque está preso à pessoa que você já foi. Você chegou a pegar desgosto pela natação? Hoje a minha profissão não é mais ser atleta de alto rendimento, mas vou ser atleta a minha vida inteira. Nadar para mim é como escovar o dente. A natação tem um estilo de vida por trás dela. Tem dias que eu vou para a piscina com aquele sol, aquela energia, eu não vou deixar de ter isso na minha vida de jeito nenhum. O seu corpo hoje sofre pelo esforço ao qual você o submeteu? Eu fui mais do que devia pela maior parte do tempo. Uma parte da minha carreira a quantidade foi um fator importante no meu treino e eu bati bastante no meu corpo. Eu sinto que, agora que eu baixei a bola, eu sou um cara um pouco mais velhinho do que deveria ser. O esporte de alto rendimento não é saúde, é profissão. A gente compra esse sonho sabendo dos riscos. Mas eu tenho um corpo que eu consigo fazer tudo que quero, ainda. E a questão de grana, como foi? Ajuda de custo é preciso ser feita para a base, para viabilizar o treinamento de mais pessoas. Você não pode falar em ajuda de custo para o atleta profissional. O setor privado, por exemplo, não investe no esporte. Eles preferem pegar qualquer outra celebridade. A gente fica nesse limbo e é muito difícil. São um ou dois que conseguem fazer uma carreira por geração. Muito disso também vai do apelo do esporte e eu acho que o problema da natação é o formato que a gente tá vendendo ela. A televisão não quer mostrar seis dias de Troféu Brasil. A gente precisa fazer algo com maior apelo. Por muito tempo eu achei que o patrocínio viria com a medalha, mas só depois eu fui descobrir também que é a postura que você tem em cima da exposição. Eu falo para a molecada que eu não ganhei dinheiro com a piscina, ganhei dinheiro com a minha imagem. O resultado é só uma catapulta.
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