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Momento Tecnologia #36: Estudos da resistência antimicrobiana podem ajudar no tratamento e diagnóstico de pacientes quimioterápicos
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Segundo pesquisa divulgada em 2019 pela Organização das Nações Unidas, infecções que não respondem a medicamentos já são responsáveis por pelos menos 700 mil óbitos anualmente. Pensando nesse problema, a pesquisadora Andrea Balan, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, criou a Platshow, uma plataforma que pode ser usada para avaliar o perfil de resistência de cada bactéria, reduzir efeitos colaterais e aumentar a eficiência das medicações.
Para entender como funciona a resistência antimicrobiana, o professor Jorge Sampaio, do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, explica que “a resistência aos antimicrobianos é uma resposta de um ser vivo em uma tentativa de sobrevivência”. Para adquirir a resistência às múltiplas drogas, Andrea explica que uma maior exposição a micro-organismos, devido à falta de saneamento básico e à ingestão incorreta de medicamentos, contribue para a aquisição da resistência.
Dos cinco mecanismos de resistência antimicrobiana que existem, a Platshow estuda o mecanismo de bomba de efluxo, responsável por bombear o antibiótico para fora da célula. As bombas são proteínas de membranas difíceis de serem produzidas, por isso, para estudar o mecanismo de bombas de efluxo, a Platshow utiliza a clonagem e a bioinformática (o uso da informática no campo da biologia) para investigar apenas partes dessas proteínas que são necessárias para o estudo da resistência.
Com o uso da Platshow é possível inibir a atividade das bombas de efluxo, resultando na diminuição do uso de medicamentos em pacientes quimioterápicos, por exemplo, como explica Andrea: “Quando a gente, por exemplo, administra uma droga no tratamento do câncer, as células do nosso corpo reconhecem que essa droga também pode matar a célula e mandam para fora. Então, a gente tem que dar uma dose maior do remédio que está sendo administrado para eliminar o efeito dessas proteínas e, com isso, você aumenta o efeito colateral do tratamento”.
Para o professor Jorge Sampaio, embora estude apenas um dos cinco mecanismos de resistência antimicrobiana, a plataforma traz uma importante contribuição tanto para a avaliação de anticorpos como também para o aumento da eficácia de tratamentos do câncer: “O projeto é extremamente interessante por propor uma nova estratégia para avaliar anticorpos, para entendermos bem como ocorrem interações com antimicrobianos. Uma outra aplicabilidade é a questão da resistência quimioterápica, ou seja, da resistência das nossas células ao tratamento do câncer, então talvez isso seja também bastante útil nesse sentido”.
Ouça o podcast na íntegra com reportagem de Gabrielle Abreu.
Momento Tecnologia
Edição de roteiro: Denis Pacheco
Edição de som: Guilherme Fiori
Edição geral: Cinderela Caldeira
E-mail: ouvinte@usp.br
Horário: Quinzenalmente, terças-feiras, às 8h05
O Momento Tecnologia vai ao ar na Rádio USP, quinzenalmente, segundas-feiras, às 8h05 – São Paulo 93,7 MHz e Ribeirão Preto 107,9 MHz e também nos principais agregadores de podcast Veja todos os episódios do Momento Tecnologia
51 episódios
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Dos cinco mecanismos de resistência antimicrobiana que existem, a Platshow estuda o mecanismo de bomba de efluxo, responsável por bombear o antibiótico para fora da célula. As bombas são proteínas de membranas difíceis de serem produzidas, por isso, para estudar o mecanismo de bombas de efluxo, a Platshow utiliza a clonagem e a bioinformática (o uso da informática no campo da biologia) para investigar apenas partes dessas proteínas que são necessárias para o estudo da resistência.
Com o uso da Platshow é possível inibir a atividade das bombas de efluxo, resultando na diminuição do uso de medicamentos em pacientes quimioterápicos, por exemplo, como explica Andrea: “Quando a gente, por exemplo, administra uma droga no tratamento do câncer, as células do nosso corpo reconhecem que essa droga também pode matar a célula e mandam para fora. Então, a gente tem que dar uma dose maior do remédio que está sendo administrado para eliminar o efeito dessas proteínas e, com isso, você aumenta o efeito colateral do tratamento”.
Para o professor Jorge Sampaio, embora estude apenas um dos cinco mecanismos de resistência antimicrobiana, a plataforma traz uma importante contribuição tanto para a avaliação de anticorpos como também para o aumento da eficácia de tratamentos do câncer: “O projeto é extremamente interessante por propor uma nova estratégia para avaliar anticorpos, para entendermos bem como ocorrem interações com antimicrobianos. Uma outra aplicabilidade é a questão da resistência quimioterápica, ou seja, da resistência das nossas células ao tratamento do câncer, então talvez isso seja também bastante útil nesse sentido”.
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