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#115 Hipotermia não intencional no pós-operatório

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Bom dia, boa tarde, boa noite! Esse é mais um podcast do Medicina do Conhecimento. Ciência e informação a qualquer momento, em todo lugar. Eu sou Pablo Gusman, o Anestesiador. E como compartilhar é multiplicar seguimos com a série de podcasts sobre a importância da prevenção da hipotermia perioperatória não intencional (HPNI). A prevenção da HPNI também proporciona a otimização dos tempos de recuperação do pós-operatório e da internação, com redução de biomarcadores de inflamação e resposta metabólica já na primeira hora pós-operatória, permanecendo com aumento de até 24 horas para alguns marcadores. Esse cenário reafirma a importância de um cuidado peri-operatório focado na redução do processo inflamatório decorrente do trauma cirúrgico. DOI: 10.5152/TJAR.2019.94715 Em um momento em que a valorização da experiência do paciente está cada vez mais em evidência, o conforto conceituado de holístico é o desejo de toda equipe multiprofissional. Entre as principais queixas dos pacientes no pós-operatório, encontramos dor, náuseas, vômitos e tremores por hipotermia. E nossa equipe tem consciência da importância dos cuidados. Perguntando a uma equipe de enfermeiras ligadas aos cuidados de pacientes cirúrgicos, 33% identificaram como manutenção da temperatura como uma das metas do conforto do paciente na sala de recuperação, além de controle da dor e posicionamento do paciente. Aos que participaram da pesquisa também foi questionado com que frequência o frio é uma questão de conforto para seus pacientes. A maioria (71%) respondeu que o frio costuma ser um problema para alcançar o conforto. DOI 10.1016/j.jopan.2004.03.006 O aquecimento pode-se dar por convecção ou condução. Sistemas convectivos, como as mantas térmicas e sistemas condutivos, como cobertores elétricos, colchões de água e pads, aquecem o paciente de diferentes modos. Em relação à porcentagem de área do corpo do paciente aquecida, o aquecimento convectivo cobre cerca de 64%, e o condutivo chega a 20%. As mantas térmicas promovem temperatura controlada através do fluxo de ar, direcionado à superfície corpórea, que circula entre os contornos do corpo, sem pontos de pressão. O aquecimento condutivo usa contato do calor em pontos de pressão, devendo ser controlado para se evitar lesões térmicas. As mantas descartáveis são de uso único, prevenindo contaminação cruzada e redução do risco de infecção de sítio cirúrgico. O uso de colchões necessita de rotina bem estabelecida para limpeza e desinfecção. Comparando-se as alterações na temperatura corpórea média, o uso do ar forçado pode elevar a temperatura em 4°C em 2 h, enquanto o colchão de água pode demorar até 6 h para aumento dessa temperatura, sendo mais lento que 3 cobertores de algodão. Importante lembrar que a infusão de líquidos frios diminui a temperatura do paciente cirúrgico. Cada litro infundido à temperatura ambiente (ou de sangue a 4°C) pode diminuir a temperatura corporal em 0,25°C. A INS ins1.org ONG ligada à infusoterapia evidencia que métodos de aquecimento, incluindo, mas não limitados a fornos de microondas, banhos de água quente e dispositivos que não sejam expressamente desenhados para o aquecimento de líquidos e sangue, podem apresentar muitas dificuldades para a monitorização da temperatura desejada, além de riscos de infecção não poderem ser controlados. Vale a pena ressaltar que pode ocorrer queda da temperatura no trajeto do frasco até a corrente sanguínea sob influência do comprimento do equipo e das condições ambientais de temperatura da sala que devem ser considerados e monitorados. “Esse podcast tem o apoio científico da 3M Health Care. A 3M acredita no poder da ciência para criar soluções que impactam a vidas dos pacientes, profissionais e instituições de saúde, reduzindo complicações relacionadas à assistência à saúde, como a hipotermia perioperatória.”
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