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#123 Fases da hipotermia e como realizar a monitorização da temperatura

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Bom dia, boa tarde, boa noite! Esse é mais um podcast do Medicina do Conhecimento. Ciência e informação a qualquer momento, em todo lugar. Eu sou Pablo Gusman, o Anestesiador. E como compartilhar é multiplicar seguimos nesse assunto importante na nossa prática, manutenção e monitorização da normotermia peri-operatória Em episódios anteriores, definimos que a hipotermia inadvertida, definida como temperatura sanguínea central menor do que 36°C, é frequente durante a anestesia. A hipotermia pode ser classificada como leve (34 a 36°C), moderada (30 a 34°C) e grave (<30°C). O controle da temperatura corporal é obtido por meio do equilíbrio existente entre a produção e a perda de calor. A produção é realizada por fatores que determinam a taxa metabólica do organismo, como o metabolismo basal das células do corpo, e o metabolismo extra por meio de atividades musculares, por ação hormonal e outras. A perda de calor ocorre por dois aspectos: pela condução dos tecidos profundos até a pele e pela transferência do calor da pele para o ambiente. Didaticamente dividimos a as fases de hipotermia durante a anestesia em três fases: Fase 1: Ocorre redistribuição do calor do compartimento central para o compartimento periférico. A primeira fase do desenvolvimento da hipotermia é geralmente limitada à primeira hora da anestesia, período durante o qual a temperatura do compartimento central cai de 1°C a 1,5°C, a menos que os pacientes sejam ativamente aquecidos. Durante a fase 2 ocorre o declínio linear da temperatura central. A segunda fase da hipotermia se desenvolve entre a 1a e a 3a hora de anestesia, período durante o qual a temperatura do compartimento central declina outro grau ou dois. A redistribuição de calor do compartimento central, para o compartimento periférico ainda está ocorrendo, por causa da vasodilatação induzida pela anestesia. E finalmente, durante a Fase 3, ocorre o platô de temperatura no compartimento central. A terceira fase da hipotermia se desenvolve após 2 a 4 horas de anestesia. Sob anestesia geral, quando a temperatura do compartimento central atinge os 34°C a 35°C, o declínio linear diminui e um tipo de estado térmico estável, ou platô, emerge. O conteúdo de calor corporal continuará a diminuir, mas uma separação entre os compartimentos térmicos central e periférico se desenvolve, para reter o calor metabólico restante no centro. Com o uso de anestesia regional somente, entretanto, o corpo mantém alguma habilidade para regular a temperatura acima do nível do bloqueio. Um estudo descobriu que quanto mais alto for o bloqueio, maior será o declínio da temperatura do compartimento central. Para cada nível de dermátomo adicional bloqueado, a temperatura do núcleo diminuiu 0,15°C. E como realizar a monitorização da temperatura? De forma eficiente, um sistema de monitoramento de temperatura transcutâneo utiliza uma termometria de troca de calor nula para medir precisamente a temperatura interna de um indivíduo. Esse sistema aquece cuidadosamente o sensor criando uma zona isotérmica sobre ele mesmo. A partir do equilíbrio com a temperatura interior, evita-se a perda de calor da superfície da pele para o ambiente, estabelecendo-se uma condição de troca de calor nula. Quando esse sensor cutâneo da temperatura atinge um equilíbrio com a temperatura interior do paciente, a unidade de controle apresenta uma medição precisa e não invasiva da temperatura central. Cadastro ANVISA 80284930379 “Esse podcast tem o apoio científico da 3M Health Care. A 3M acredita no poder da ciência para criar soluções que impactam a vidas dos pacientes, profissionais e instituições de saúde, reduzindo complicações relacionadas à assistência à saúde, como a hipotermia peri-operatória.”
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