Fique off-line com o app Player FM !
O BCE volta a decidir em favor dos que têm empréstimos na banca
Manage episode 463927954 series 3515063
No dia 12 de Dezembro, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, anunciou mais um novo corte nas taxas de juro de referência do BCE. Foi a quarta descida consecutiva, que de alguma forma provava o sucesso da estratégia europeia de combate à inflação. Com o índice dos preços a descer mês após mês, apesar de alguns sinais contrários no sector dos serviços, o custo do dinheiro podia baixar. A taxa de referência do BCE é aquele instrumento que determina quanto pagamos pelo empréstimo da casa ou que contribui para que a economia tenha uma maior ou menor dinâmica de investimento. É uma decisão que, como se costuma dizer, nos entra pelo bolso.
Hoje o conselho de governadores do Banco Central Europeu reúne-se de novo e todos os analistas afirmam que a tendência de corte na taxa de juro de referência será mantida. Ou seja, tudo indica que essa taxa caia 25 pontos base, passando de 3 para 2.75%. Com o custo do dinheiro mais barato, pode ser que os gastos dos consumidores aumentem e façam disparar o índice de preços. Ou seja, que forcem a subida da inflação. Mas os governadores dos bancos centrais parecem confiantes no futuro e acreditam que isso não vai acontecer. O que afinal eles, os agentes económicos e os governos querem é que haja mais investimento e criação de emprego. O BCE está pronto a fazer-lhes a vontade.
De acordo com algumas previsões, o BCE vai continuar a baixar as suas taxas até meados do ano. Lá para o verão, a taxa de referência poderá estar na casa dos 2%. Boas notícias, portanto. A Europa está a crescer pouco, casos como o da Alemanha preocupam e um estímulo da política monetária é uma ajuda preciosa. Mas, o que pode acontecer se os Estados Unidos aumentaram tarifas de importação e desencadearem uma guerra comercial? Na economia, as incertezas fazem parte do jogo. Na maior parte das situações, há que esperar para ver o que vem a seguir. Por agora, o que interessa é que os juros estão a baixar de novo.
Fiquemos com essa celebração e juntemos à conversa Pedro Brinca, para nos ajudar a perceber até onde, como e quanto podemos festejar esta tendência. Pedro Brinca é investigador associado da Nova SBE e investigador do centro de Economia e Finanças da faculdade de Economia da Universidade do Porto.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
1944 episódios
Manage episode 463927954 series 3515063
No dia 12 de Dezembro, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, anunciou mais um novo corte nas taxas de juro de referência do BCE. Foi a quarta descida consecutiva, que de alguma forma provava o sucesso da estratégia europeia de combate à inflação. Com o índice dos preços a descer mês após mês, apesar de alguns sinais contrários no sector dos serviços, o custo do dinheiro podia baixar. A taxa de referência do BCE é aquele instrumento que determina quanto pagamos pelo empréstimo da casa ou que contribui para que a economia tenha uma maior ou menor dinâmica de investimento. É uma decisão que, como se costuma dizer, nos entra pelo bolso.
Hoje o conselho de governadores do Banco Central Europeu reúne-se de novo e todos os analistas afirmam que a tendência de corte na taxa de juro de referência será mantida. Ou seja, tudo indica que essa taxa caia 25 pontos base, passando de 3 para 2.75%. Com o custo do dinheiro mais barato, pode ser que os gastos dos consumidores aumentem e façam disparar o índice de preços. Ou seja, que forcem a subida da inflação. Mas os governadores dos bancos centrais parecem confiantes no futuro e acreditam que isso não vai acontecer. O que afinal eles, os agentes económicos e os governos querem é que haja mais investimento e criação de emprego. O BCE está pronto a fazer-lhes a vontade.
De acordo com algumas previsões, o BCE vai continuar a baixar as suas taxas até meados do ano. Lá para o verão, a taxa de referência poderá estar na casa dos 2%. Boas notícias, portanto. A Europa está a crescer pouco, casos como o da Alemanha preocupam e um estímulo da política monetária é uma ajuda preciosa. Mas, o que pode acontecer se os Estados Unidos aumentaram tarifas de importação e desencadearem uma guerra comercial? Na economia, as incertezas fazem parte do jogo. Na maior parte das situações, há que esperar para ver o que vem a seguir. Por agora, o que interessa é que os juros estão a baixar de novo.
Fiquemos com essa celebração e juntemos à conversa Pedro Brinca, para nos ajudar a perceber até onde, como e quanto podemos festejar esta tendência. Pedro Brinca é investigador associado da Nova SBE e investigador do centro de Economia e Finanças da faculdade de Economia da Universidade do Porto.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
1944 episódios
Todos os episódios
×Bem vindo ao Player FM!
O Player FM procura na web por podcasts de alta qualidade para você curtir agora mesmo. É o melhor app de podcast e funciona no Android, iPhone e web. Inscreva-se para sincronizar as assinaturas entre os dispositivos.