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For centuries, members of the B’doul Bedouin tribe lived in the caves around the ancient city of Petra, Jordan. Then, in the 1980s, the government forced the tribe to move in the name of preserving the geological site for tourists. But if the residents are forced to leave, and if their heritage has been permanently changed, then what exactly is being preserved? SHOW NOTES: Meet The Man Living in The Lost City Carved in Stone Jordan: Petra's tourism authority cracks down on Bedouin cave dwellers The tribes paying the brutal price of conservation “There is no future for Umm Sayhoun” Jordan’s Young Bedouins Are Documenting Their Traditions on TikTok Check out Sami's company Jordan Inspiration Tours Learn about your ad choices: dovetail.prx.org/ad-choices…
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Prelo apresenta os recursos e reflexões para que escritores possam construir uma disciplina autoral, escrever o seu livro e publicar da melhor maneira possível. Se você nutre o desejo de escrever uma obra de ficção ou não-ficção: um romance, um livro de contos, uma peça de jornalismo literário, um ensaio, uma saga distópica, a narrativa de uma viagem, uma obra infantojuvenil ou um projeto autoficcional – ou se já publicou uma obra e gostaria de sanar as lacunas de sua formação –, você está no lugar certo. Prelo é um podcast quinzenal com o escritor e professor de criação literária Tiago Novaes, autor de uma variedade de livros, finalista dos maiores prêmios literários e vencedor de uma série de bolsas de criação. Combinando entrevistas com grandes escritores, editores e críticos, reflexões pessoais, leituras e experiências concretas na literatura, Prelo oferece os caminhos para que você possa vencer as bolhas do mercado editorial, compreender os segredos da Escrita Criativa e construir o seu projeto ficcional – da ideia original à publicação, da inspiração ao cotidiano de um escritor em tempo integral. Clique agora no botão de inscrição e assuma o seu desejo de tornar-se uma escritora ou escritor.
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1 No princípio era a estrada: as caminhadas de Rimbaud, os sentidos da peregrinação, a jornada como transformação pessoal 22:38
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#115 – Quando era muito jovem, Rimbaud escreveu: “Sou um pedestre, nada mais.” Caminhar é despedir-se. É acolher o novo que se torna antigo, e que parte. Toda vez é a última vez. Toda vez é a primeira vez. Nas palavras de Frédéric Gros, "quem caminha por geleiras sem nome, céus sem amanhã e pradarias sem história dispersa lascas cortantes de seu olhar, que se cravarão nas coisas. Se caminha, é para fazer uma incisão na opacidade do mundo. [...] O peregrino é uma metáfora da condição humana." Caminhar é fazer do dia uma obra de arte. E, como em certas culturas africanas, a obra de arte é uma espécie de segredo fugidio. Não é vista antes que o espectador esteja preparado para vê-la. É como aquele conselho que não significa nada até estarmos suficientemente maduros para escutá-lo. E aí ele significa tanta coisa! No novo episódio de Prelo, percorremos os passos de Rimbaud e de outros caminhantes. E compreendemos por que a caminhada é uma companhia para o pensamento e a literatura.…
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1 Campo de Estrelas: talento e processo, as projeções na criação, a participação do inconsciente na escrita 23:50
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#114 – Quando era criança, era minha tia que contava as histórias. E foi o meu irmão, três anos e meio mais velho do que eu, que tinha originalmente o sonho de ser escritor. Ele preenchia seu caderno com ideias e títulos para histórias aventurescas, e criava fanzines, ilustrava essas histórias e partia para a aventura seguinte. Nada me fascinava mais do que isso. O ato de contar e de escutar histórias é sempre criativo. Olhamos para o céu, em torno da fogueira, e lá encontramos os nossos personagens, o nosso destino, a projeção dos nossos desejos. Neste episódio de Prelo, conversamos sobre a participação do inconsciente no processo. Da importância de sempre começar, de descobrir a inocência do movimento. E de como frequentemente superestimamos a ideia de talento nas artes.…
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1 Voltar a escrever com as mãos: o resgate do caderno e da caneta 37:13
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#113 – Com tantas distrações e chamarizes, com tanto preparo que antecede a prática, o ato artístico, com tanto ruído e falsas necessidades, o caderno e a caneta podem ser os melhores amigos da escritora, do escritor. Certos livros pedem um retorno às origens, ao prazer primordial em deitar as palavras num caderno, ao tempo dos diários, ao tempo do livre devaneio. Certos livros pedem que você faça isso – lançar-se às palavras. Deixar a revisão excessiva para um segundo momento. Não voltar atrás. Neste episódio de Prelo , falamos da escrita orgânica e analógica do caderno & caneta. Apresentamos um cronograma, um procedimento e em que medida a sua prática pode se beneficiar com o manuscrito.…
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1 Da escrita, um ofício: uma conversa com Juliana Feliz 1:15:09
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#112 – Uma das coisas mais bonitas de escrever é a oportunidade de fazer bons amigos. As amizades na vida adulta levam anos para se formar. A que tenho com a Juliana Feliz começou nas redes sociais. Ela acompanhava o canal e era bastante ativa por lá. Em 2021, inscreveu-se na formação para romancistas, ocasião em que conheci a sua produção literária, sua história como jornalista e o princípio de sua trilogia. Dois anos mais tarde, nos encontramos ao vivo na cidade do Porto, em Portugal, onde ela vive desde 2019 com toda a família – marido, filhas e os pais. Com o tempo, minha admiração por ela só cresceu. Naquela época, a Juliana dava aula de Escrita Criativa para adolescentes. Publicara As Cinzas de Altivez, um romance fantástico para o público jovem-adulto e que se tornara um bestseller na Amazon. O romance levou o The Wattys Awards em 2018, e foi indicado ao Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica. Ano passado, acompanhei o lançamento de seu Peripécia Deck , um baralho narrativo projetado para ajudar escritores e roteiristas a estruturarem histórias de ficção, um ferramenta que também auxilia professores a desenvolverem atividades de Escrita Criativa, Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Neste mês, a Juliana publica a terceira parte de sua trilogia fantástica. Achei que era hora de conversarmos. O novo episódio Prelo é esta conversa sobre um percurso notável e singular, e um vislumbre das possibilidades da escrita. Sobre a Juliana Feliz: Instagram: https://www.instagram.com/julianafelizescritora/ Youtube: https://youtube.com/@JulianaFelizEscritora Trilogia Aventurada: https://www.amazon.com.br/dp/B0BZDZN4V9 Peripécia Deck: https://julianafelizescritora.hotmart.host/peripeciadeck Contato: contato@julianafeliz.com Site: www.julianafeliz.com…
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1 Imaginar: Sonhar o Livro, Testar Limites, Encontrar Energia, Negociar Desejos 51:45
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#111 – Nas aulas de psicanálise da faculdade de psicologia que cursei, havia uma máxima que os colegas costumavam achar muito misteriosa. Levava anos para que viéssemos de fato a compreendê-la. Era mais ou menos assim: para se relacionar com algo, o bebê precisa primeiro aluciná-lo. Sem linguagem, sem palavras, a realidade está mais para o informe que para a forma. A realidade seria uma torrente – ou várias – de estímulos sem origem, tempo ou lugar, se não chegássemos a construir a permanência das coisas dentro de nós. Há uma sabedoria do bebê de não presumir o que brota de dentro e o que chega de fora, do que faz parte de si, e do que não. As próprias fronteiras do eu são algo que foi criado, desenvolvido com o tempo. Se os filhos são nomeados, imaginados, desejados antes de nascer, não seria de se estranhar que os livros que escrevemos possam e devam passar pelo mesmo processo de simbolização. Para que o livro venha a existir, é preciso primeiro sonhá-lo – uma assertiva que borra os contornos da realidade, mas que não é menos verdadeira do que uma gestação. No novo episódio de Prelo , converso sobre a importância de inventar o livro antes que ele exista. Falaremos também sobre experimentar como modo de testar os limites da prosa, da ruptura da homeostase que toda mudança benéfica produz, e de como encontrar a energia e a disposição para as coisas mais importantes da vida. Neste episódio, faço referência ao livro Mastery, de George Leonard . Clique aqui para saber mais sobre o livro.…
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1 Maestria: o caminho da orientação, da prática e da entrega à literatura 34:12
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#110 – Existe faixa preta em literatura? Quando alcançamos a maestria na escrita, e o que isso significa? Nesse episódio de Prelo , a escrita é vista como uma arte marcial. E como em toda prática, algumas chaves vão te orientar neste caminho.
#109 – Começamos o ano! Neste episódio, tenho um exercício para você. É a primeira aula para a escrita do seu romance em 2025. São 12 perguntas reflexivas que você deve se fazer para se preparar para escrever o seu melhor livro no ano que começa. É um tempo para sonhar. Se você escrevesse ou seu livro, o seu romance, nos próximos meses, como será que a vida seria para você? Como você imagina este cenário? Quão motivada, quão motivado você está para aprontar isso? O que isso faria para a sua vida? O que está no caminho? Qual é o obstáculo?…
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1 Amar o Processo: Como aprender a conviver com as coisas difíceis e crescer de verdade em qualquer coisa que você quiser 46:15
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#108 – Um artigo recente da revista “The Atlantic” joga luz sobre um dado alarmante: alunos de universidades de ponta não conseguem mais terminar um livro. Cinco anos atrás, um professor podia indicar cinco obras ou mais a seus alunos em um semestre. Hoje, eles não conseguem terminar um. No Brasil não é diferente. As telas estão comendo o nosso cérebro. Faculdades básicas de compreensão, riqueza de vocabulário e interpretação de texto estão sendo minados. Ironia, empatia, ambiguidade, tudo está indo pelo ralo. Mas há algo mais grave que subjaz a essa tendência. As pessoas querem aprender sem passar pela leitura de um livro porque se difunde em toda parte uma cultura da conveniência total. A promessa dos ganhos fáceis. A expectativa de uma vida feita apenas de euforia e clímax. Um tempo que valoriza a relação passiva com as coisas, onde tudo deveria estar pronto e à nossa disposição. É onde se encontram as criptomoedas, os sites de apostas, o frenesi especulativo dos mercados e a recusa ao envelhecimento. E é por isso, também, que estamos deprimidos, distraídos e ansiosos. As pessoas não suportam mais o processo. Não deveria nos espantar. Em nenhum lugar você vai encontrar repertórios simbólicos do prazer profundo, calmo e dilatado do aprendizado. As pessoas se condicionaram às recompensas como motivação única do esforço. Desde criança, estudamos para passar na prova. Passamos na prova para entrar na universidade. Nos graduamos para comprar um carro, uma casa. Conquistamos o mundo para sermos amados e invejados. Mas como é dominar a fundo uma habilidade? Na escrita, como em qualquer outro caminho de maestria, a curva do aprendizado não é uma curva ascendente e uniforme. Depois de um processo de aprendizado profundo, é comum que enfrentemos um platô, um momento de prática prolongada sem recompensas aparentes. É aí que reside o segredo do crescimento verdadeiro. Precisamos aprender a superar os platôs. E para superá-los, precisamos saber permanecer neles. Se você quer dominar algum ofício, saber mais sobre no que consiste uma curva real de aprendizado, escute o novo episódio do Prelo para continuar aprendendo…
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1 Promessas de Ano Velho: O que fazemos com os nossos desejos? 31:28
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#107 – De novo nos encontramos a menos de um mês de mais um ano novo. Gosto dos meses de dezembro, daquela promessa de silêncio e maresia que prenuncia. Gosto de lembrar. De olhar para fotos, de acenar para aquela versão que entrava em 2024 quando o ano era novo. E janeiro chega para refazer o plano maior. É um teste olfativo, um check up literário. Uma nostalgia do futuro. Como estou escrevendo? O que pude fazer? Como as minhas leituras orientaram o meu caminho? Quais os contratempos, os sobressaltos? O que deu pra fazer? Em um post de janeiro no Instagram, publiquei como pretendia organizar a minha rotina. No novo episódio de Prelo , analiso aquela mensagem numa garrafa à luz do que de fato aconteceu. Acho isso muito importante. Não são só palavras. São os trilhos. O que me protege da deriva completa. Do capricho e da resistência. Referências: Lina Meruane, "Contra os Filhos". Ibsen, "Casa de Bonecas". Virginia Woolf, "Um teto todo seu". Charlotte Brönte, "Jane Eyre".…
#106 – Me chamou a atenção, desde que estudei para escrever o meu livro mais recente, Baleias no Deserto: o corpo, o clima, a cura pela terra , a discrepância enorme entre a sofisticação do nosso conhecimento filosófico, científico e social sobre a era de extinção em massa em que vivemos e o modo como um grande público, o eleitor e o político tratam desse assunto. Isso diz respeito a tudo, e é um grande desafio no ensino e na literatura. Me parece que estamos falando de espaços afetivos e discursivos completamente diferentes e que se comunicam muito pouco. Se o mundo fosse uma escola, é como se estivessem tocando fogo nas carteiras enquanto estamos discutindo a ordem dos parágrafos de um panfleto sobre a cultura de paz. Não estamos à altura desse desafio. Não estamos à altura do nosso tempo. Não é à toa que estejamos pensando tanto a ideia de inteligência. Vieses cognitivos, inteligência das espécies e inteligência artificial. Você já reparou como estamos falando em inteligência na última década? Ao que parece, estamos buscando fora a inteligência que supostamente falta à nossa espécie. O que está acontecendo que, na era da comunicação, nunca estivemos tão embotados e tão divididos?…
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1 A crônica: por uma literatura sem posteridade 23:45
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#105 – Filha do deus Cronos, a crônica é a mais despojada das expressões literárias. É aquela que abriu mão da posteridade em nome da proximidade. Fiel ao tempo presente, a crônica pode ser considerada um tanto "zen-budista", mas de um budismo sem sabedoria, disposta a gastar saliva. Entre a ficção e a não-ficção, a prosa encontra na crônica um gênero privilegiado. Breve e ambulante, ela assume muitas formas, como a do ensaio ágil, o diálogo textual, a observação singular. Por vezes crítica, por outras, lírica; ora ideia, ora causo, este vislumbre de uma singularidade em movimento entranhado no tecido social será o objeto de reflexão e experimento dos nossos encontros. Clique aqui para participar do curso Introdução à Escrita Criativa – Contos & Crônicas…
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1 Saber não-chegar: uma conversa entre Miró e João Cabral 25:13
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#104 – O poeta e diplomata pernambucano João Cabral de Melo Neto não tinha trinta anos quando foi enviado para trabalhar no consulado brasileiro em Barcelona. Foram quatro anos férteis de sua carreira, não no sentido literário – afinal, Cabral sentia dificuldade de escrever poesia – mas em relação às amizades que cultivou, ao que aprendeu naquele tempo. Uma das amizades decisivas foi com o pintor catalão Joan Miró. Entre 1947 e 1950, os artistas se encontraram de modo regular. Franco havia vencido, e a pintura de Miró era mais conhecida fora da Espanha do que entre seus conterrâneos. Mas Cabral tinha contato direto com ela. Encontravam-se semanalmente durante longos períodos. E foi naquele momento, tendo acesso direto à sua produção, que o poeta resolveu escrever um ensaio sobre a pintura selvagem do amigo. O processo não foi nada fácil. Cabral sofreu naquele ensaio. Abandonou e retomou o projeto algumas vezes. Escreveria a Lêdo Ivo em 1948: "Ando nervoso, paulificado. Estou escrevendo um pequeno ensaio de 100 páginas sobre o pintor Miró e isso me tem trazido na ponta dos nervos. Como é pesado escrever!" O ensaio, enfim, terminou. E o que se veria ali era nada menos do que um programa poético, em defesa da liberdade da criação, e de uma "atitude de vigilância e lucidez no fazer", avesso ao "espontâneo e ao acadêmico". A lição de Miró – a lição de Cabral – é essencial, e é sobre ela que me debruço no novo episódio de Prelo.…
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1 Escrever sem tempo: a psicologia da escassez e a abundância 45:35
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#103 – Este episódio se dedica a discutir as noções de escassez e abundância no cuidado do tempo, em suas relações com a capacidade cognitiva e planejamento necessários à escrita de um livro. O debate se origina do livro Escassez: uma nova forma de pensar a falta de recursos na vida das pessoas e nas organizações , de Sendhil Mullainathan e Eldar Shafir.…
#102 – Em julho passado, durante o recesso de Prelo, viajei em lua-de-mel. Foi um livro que escolheu o destino da nossa viagem. O que vivemos, dentre muitas outras coisas, foram as entrelinhas deste livro. A viagem foi uma experiência literária. O livro remeteu a outro, e a outro. E este fio entre leituras, esta conversa entre os livros, foi conduzida pela batuta da leitura, movida por um pathos específico deste leitor. Podemos ler livros ditados por interesses acadêmicos/profissionais. Podemos deixar que a pauta do mercado, das promoções, da internet nos leve de um lado a outro. Ou podemos fazer da leitura uma pesquisa para a escrita. Podemos fazer do diálogo com os livros uma espécie de autoanálise. É o que eu chamo de biobibliosofia. Ou de bibliobiografia. Conceitos-jogos de uma filosofia da proximidade, um diálogo com o mundo mediado pelas páginas, um tensionamento da vida para uma curiosidade íntima. Neste novo episódio de Prelo, desenvolvo esta descrição, e trago um estudo de caso que liga leituras de estilos tão díspares como Fitzgerald, Annie Ernaux, Édouard Louis e Didier Eribon. Obras mencionadas: Suave é a noite, de F. Scott Fitzgerald A Viagem dos Livros com Richard E. Grant (série documental) O grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald A casa de barcos, de John Fosse As primas, de Aurora Venturini Foro de Teresina, da revista piauí (podcast) Mudar: método, de Édouard Louis Lutas e metamorfoses de uma mulher, de Édouard Louis Quem matou meu pai, de Édouard Louis Os anos, de Annie Ernaux Retorno a Reims, de Didier Eribon Inscreva-se no canal: https://escritacriativa.net.br/…
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1 Jogar com as expectativas – Uma conversa com Bia Nunes de Sousa 1:23:23
1:23:23
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#101 – No episódio de hoje, converso com a Bia Nunes de Sousa, editora da Vestígio, que publica grandes obras como Nação Dopamina, Talvez Você Deva Conversar com Alguém e Foco Roubado, dentro tantas outras . Nesta conversa, falamos sobre uma publicação recente da casa, O lado bom das expectativas, do jornalista da BBC David Robson, um livro que conversa muito com o ofício da escrita, porque investiga o efeito que nossas expectativas exercem sobre o resultado de um trabalho. Vamos discorrer sobre: a. O que é efeito placebo e nocebo na alimentação, controle de stress e força de vontade, e como você pode fazer para operar segundo estes conhecimentos para escrever mais e melhor; b. Os efeitos fisiológicos – mensuráveis, portanto –, causados pela ideia que fazemos das coisas. De como doenças imaginárias podem ser tão mortíferas quanto as verdadeiras; c. Dicas e orientações para você que pretende enveredar pela não-ficção e escrever uma obra de divulgação científica. O que há em comum entre as obras bem sucedidas do gênero, e o que você pode aprender com elas. Bia Nunes de Sousa é editora, tradutora e produtora de conteúdo com mais de 20 anos de experiência. Atualmente trabalha na Editora Vestígio, do Grupo Autêntica, onde é responsável pela prospecção e produção dos livros de autoconhecimento e divulgação científica. É formada em Direito pela PUC-SP, com especializações em Língua Portuguesa e Literatura pela Unip e Gastronomia, História e Cultura pelo Senac-SP. Instagram da Bia: @bianunesdesousa E para adquirir o livro O lado bom das expectativas, CLIQUE AQUI . Editora Vestígio é editora de não ficção e ficção do Grupo Autêntica. Instagram: @editoravestigio Catálogo no site, CLICANDO AQUI . Livros citados: Talvez você deva conversar com alguém, de Lori Gottlieb A fábrica de cretinos digitais: os perigos das telas para nossas crianças, de Michel Desmurget Nação dopamina: por que o excesso de prazer está nos deixando infelizes e o que podemos fazer para mudar, de Dra. Anna Lembke Foco roubado: os ladrões de atenção da vida moderna, de Johann Hari (ouça o Prelo #083, A atenção em risco ) A chave de vidro, de Dashiell Hammett Faça-os ler!: Para não criar cretinos digitais, de Michel Desmurget Um teto todo seu, de Virgínia Woolf (e traduzido por Bia Nunes de Sousa na edição da editora Tordesilhas) …
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