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São Paulo Cia de Dança celebra 15 anos de 'identidade em movimento' com turnê europeia

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A trupe, uma das maiores companhias de repertório do Brasil, finaliza o ano de 2023 fechando turnê europeia na Alemanha e na França. Na bagagem, um compilado de coreografias, espetáculos e partituras que marcaram o passado recente da São Paulo Companhia de Dança, tendo por denominador as inúmeras sonoridades, miríades e desenvolvimentos da música brasileira, em sua gradação popular, clássica ou contemporânea, com um leve sotaque paulistano.

"Nós começamos a fazer turnês para a Europa a partir de 2010, 2011. Então tem um tempo e todos os anos a gente vem especialmente para a França e para a Alemanha. Mas nós já estivemos em vários outros países na Bélgica, na Suíça e em Luxemburgo", conta Inês Bogéa, diretora artística do grupo.

"É um reconhecimento também do trabalho da companhia que une essa dança muito brasileira, com o DNA de uma companhia brasileira, mas que também dança o repertório europeu, como [William] Forsythe, além de outros grandes nomes da nossa dança mundial. Então, acho que a Europa, para nós é um momento de muita alegria, porque a gente pode dividir um pouco da nossa arte com esse público que reconhece o valor da dança e nos prestigia com a presença e com um aplauso muito caloroso", celebra Bogéa.

"Acho que tem uma escolha de trazer a dança e a essência do Brasil para a turnê. E é como se a gente conectasse um pouco do Brasil à Europa, e as sensações que nós trazemos, essa energia, vibração e a música são elementos fundamentais na percepção da dança", diz a diretora.

A diversidade da música brasileira

"Nós estamos trazendo trabalhos de cinco brasileiros Henrique Rodovalho, Cássia Abranches, Jomar Mesquita, Leilane Telles e Juliano Nunes. Cada um deles tem uma relação muito direta com a música brasileira", diz Inês Bogéa.

"Se pensarmos no Henrique Rodovalho, ele traz um clássico de Elis e Tom, que tem um título que diz muito para gente: só tinha de ser com você. É um convite para que cada um se descubra nessa dança", aponta. "E é uma dança muito delicada e ao mesmo tempo intensa, que fala de sensações e emoções, das relações humanas. Depois você tem o Agora, de Cassia Abranches, que foi uma música criada especialmente para a gente pelo Sebastián Piracés-Ugarte, e ele traz um pouco de percussão, bateria afro brasileiro e até canto. Então a gente tem uma música que já traz um outro embalo, mais contemporânea, mais desse tempo de hoje...", lembra Bogéa.

"No embalo, ele vai buscar vários criadores brasileiros de música. Então você tem desde o Tom Jobim, do Vinícius, mas também você vai ter Assucena, Você vai ter As Bahias e a Cozinha Mineira e Celso Sim, Adriana Calcanhotto, Marisa Monte e uma variedade muito grande de músicas brasileiras, com um pouco da música baiana, com a Virgínia Rodrigues, por exemplo. E não podia faltar um pouco de música clássica, né? Então, nas Cartas do Brasil a gente vai poder ouvir Heitor Villa-Lobos", pontua.

O primeiro destino dessa turnê europeia da SPCD foi a Alemanha, onde a trupe paulistana apresentou o programa com as obras Cartas do Brasil, de Juliano Nunes; Anthem, de Goyo Montero; e Umbó, de Leilane Teles. Entre as cidades contempladas por essa turnê, Fürth, entre 1 e 5 de novembro no palco do Stadttheater Fürt; Wolfsburg, em 7 de novembro, no Scharoun-Theater Wolfsburg; e Colônia, nos dias 9 e 10 de novembro, no palco do Staatenhaus Saal 1. Por fim, a Companhia se despediu da Alemanha com um espetáculo em 14 de novembro, na cidade de Fürstenfeldbruck, onde se apresentou pela 1ª vez, no Veranstaltungsforum Fürstenfeld.

Na França

Nos dias 28 e 29 de novembro, a companhia desembarcou na França, mais especificamente em Grenoble, no leste, para apresentar Só Tinha de Ser com Você, de Henrique Rodovalho; Agora, de Cassi Abranches; Ngali, de Jomar Mesquita; e Umbó, de Leilane Teles, no palco da Maison de la Culture de Grenoble (MC2).

No dia 2 de dezembro foi a vez da cidade de Saint-Étienne receber Só Tinha de Ser com Você, de Henrique Rodovalho; Partita, de Stephen Shropshire; Pássaro de Fogo, de Marco Goecke; e Umbó, de Leilane Teles, no Grand Théâtre Massenet. O mesmo repertório poderá ser visto em Mérignac, no dia 7 de dezembro, no Le Pin Galant, e em Biarritz, em 9 de dezembro, no Gare Du Midi.

Entre 12 e 17 de dezembro, a São Paulo Companhia de Dança se apresenta em Lyon, na Maison de la Danse com o programa composto por Cartas do Brasil, de Juliano Nunes; Umbó, de Leilane Teles; Partita, de Stephen Shropshire; e Só Tinha de Ser com Você, de Henrique Rodovalho. O mesmo repertório encerra a turnê entre os dias 19 e 21 de dezembro, em Annecy, no Bonlieu Scène Nationale Annecy.

As turnês internacionais da São Paulo Companhia de Dança acontecem desde 2010. Ao todo, a SPCD já realizou 208 apresentações no exterior, somando um público de mais de 250 mil pessoas. "Dançar na França para fechar esse ano em que nós já passamos pela Alemanha e também por várias cidades do estado de São Paulo, é uma alegria imensa, pois sempre somos recebidos aqui com muito entusiasmo pela plateia", diz a diretora.

"É uma delícia sentir também a vibração da platéia em relação ao nosso trabalho. E as organizações dos teatros são muito bem planejadas, o que deixa a turnê muito suave para quem vem de fora", elogia.

"Nós comemoramos 15 anos de muita dança, aprendizados, resiliência, troca de saberes e esperança e planos convertidos em ações. A São Paulo Companhia de Dança é um equipamento da Secretaria de Cultura, Indústria e Economia Criativas do estado de São Paulo, gerido pela Associação Pró Dança. E nesses 15 anos nós percorremos 18 diferentes países, passando por cerca de 150 cidades e mais de 1100 apresentações. Nós fomos contemplados com mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais por meio do selo SPCD Digital, criada em 2020", comemora a diretora artística da companhia.

"Dançando pelo mundo, fomos revelando a nossa identidade em movimento. Nós dançamos obras clássicas e contemporâneas, sempre com muita energia, muita paixão pela arte da dança", finaliza.

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"Nós começamos a fazer turnês para a Europa a partir de 2010, 2011. Então tem um tempo e todos os anos a gente vem especialmente para a França e para a Alemanha. Mas nós já estivemos em vários outros países na Bélgica, na Suíça e em Luxemburgo", conta Inês Bogéa, diretora artística do grupo.

"É um reconhecimento também do trabalho da companhia que une essa dança muito brasileira, com o DNA de uma companhia brasileira, mas que também dança o repertório europeu, como [William] Forsythe, além de outros grandes nomes da nossa dança mundial. Então, acho que a Europa, para nós é um momento de muita alegria, porque a gente pode dividir um pouco da nossa arte com esse público que reconhece o valor da dança e nos prestigia com a presença e com um aplauso muito caloroso", celebra Bogéa.

"Acho que tem uma escolha de trazer a dança e a essência do Brasil para a turnê. E é como se a gente conectasse um pouco do Brasil à Europa, e as sensações que nós trazemos, essa energia, vibração e a música são elementos fundamentais na percepção da dança", diz a diretora.

A diversidade da música brasileira

"Nós estamos trazendo trabalhos de cinco brasileiros Henrique Rodovalho, Cássia Abranches, Jomar Mesquita, Leilane Telles e Juliano Nunes. Cada um deles tem uma relação muito direta com a música brasileira", diz Inês Bogéa.

"Se pensarmos no Henrique Rodovalho, ele traz um clássico de Elis e Tom, que tem um título que diz muito para gente: só tinha de ser com você. É um convite para que cada um se descubra nessa dança", aponta. "E é uma dança muito delicada e ao mesmo tempo intensa, que fala de sensações e emoções, das relações humanas. Depois você tem o Agora, de Cassia Abranches, que foi uma música criada especialmente para a gente pelo Sebastián Piracés-Ugarte, e ele traz um pouco de percussão, bateria afro brasileiro e até canto. Então a gente tem uma música que já traz um outro embalo, mais contemporânea, mais desse tempo de hoje...", lembra Bogéa.

"No embalo, ele vai buscar vários criadores brasileiros de música. Então você tem desde o Tom Jobim, do Vinícius, mas também você vai ter Assucena, Você vai ter As Bahias e a Cozinha Mineira e Celso Sim, Adriana Calcanhotto, Marisa Monte e uma variedade muito grande de músicas brasileiras, com um pouco da música baiana, com a Virgínia Rodrigues, por exemplo. E não podia faltar um pouco de música clássica, né? Então, nas Cartas do Brasil a gente vai poder ouvir Heitor Villa-Lobos", pontua.

O primeiro destino dessa turnê europeia da SPCD foi a Alemanha, onde a trupe paulistana apresentou o programa com as obras Cartas do Brasil, de Juliano Nunes; Anthem, de Goyo Montero; e Umbó, de Leilane Teles. Entre as cidades contempladas por essa turnê, Fürth, entre 1 e 5 de novembro no palco do Stadttheater Fürt; Wolfsburg, em 7 de novembro, no Scharoun-Theater Wolfsburg; e Colônia, nos dias 9 e 10 de novembro, no palco do Staatenhaus Saal 1. Por fim, a Companhia se despediu da Alemanha com um espetáculo em 14 de novembro, na cidade de Fürstenfeldbruck, onde se apresentou pela 1ª vez, no Veranstaltungsforum Fürstenfeld.

Na França

Nos dias 28 e 29 de novembro, a companhia desembarcou na França, mais especificamente em Grenoble, no leste, para apresentar Só Tinha de Ser com Você, de Henrique Rodovalho; Agora, de Cassi Abranches; Ngali, de Jomar Mesquita; e Umbó, de Leilane Teles, no palco da Maison de la Culture de Grenoble (MC2).

No dia 2 de dezembro foi a vez da cidade de Saint-Étienne receber Só Tinha de Ser com Você, de Henrique Rodovalho; Partita, de Stephen Shropshire; Pássaro de Fogo, de Marco Goecke; e Umbó, de Leilane Teles, no Grand Théâtre Massenet. O mesmo repertório poderá ser visto em Mérignac, no dia 7 de dezembro, no Le Pin Galant, e em Biarritz, em 9 de dezembro, no Gare Du Midi.

Entre 12 e 17 de dezembro, a São Paulo Companhia de Dança se apresenta em Lyon, na Maison de la Danse com o programa composto por Cartas do Brasil, de Juliano Nunes; Umbó, de Leilane Teles; Partita, de Stephen Shropshire; e Só Tinha de Ser com Você, de Henrique Rodovalho. O mesmo repertório encerra a turnê entre os dias 19 e 21 de dezembro, em Annecy, no Bonlieu Scène Nationale Annecy.

As turnês internacionais da São Paulo Companhia de Dança acontecem desde 2010. Ao todo, a SPCD já realizou 208 apresentações no exterior, somando um público de mais de 250 mil pessoas. "Dançar na França para fechar esse ano em que nós já passamos pela Alemanha e também por várias cidades do estado de São Paulo, é uma alegria imensa, pois sempre somos recebidos aqui com muito entusiasmo pela plateia", diz a diretora.

"É uma delícia sentir também a vibração da platéia em relação ao nosso trabalho. E as organizações dos teatros são muito bem planejadas, o que deixa a turnê muito suave para quem vem de fora", elogia.

"Nós comemoramos 15 anos de muita dança, aprendizados, resiliência, troca de saberes e esperança e planos convertidos em ações. A São Paulo Companhia de Dança é um equipamento da Secretaria de Cultura, Indústria e Economia Criativas do estado de São Paulo, gerido pela Associação Pró Dança. E nesses 15 anos nós percorremos 18 diferentes países, passando por cerca de 150 cidades e mais de 1100 apresentações. Nós fomos contemplados com mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais por meio do selo SPCD Digital, criada em 2020", comemora a diretora artística da companhia.

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