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#139 Sai a vaca, entra a aveia. Sai o pasto degradado, entra a agrofloresta, com Alex Soderberg

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Um dos maiores problemas para o enfrentamento do colapso climático é o modelo atual de agricultura. Alguns dados recentes?
  • O Brasil tem 100 milhões de hectares de pastagens degradadas (fonte: Projeto Pasto Forte). Nessa condição, o solo passa a não sequestrar gases do efeito estufa e colabora para o colapso climático.
  • Mesmo se todas as emissões de combustíveis fósseis fossem imediatamente zeradas, seria impossível cumprir a meta por conta das emissões geradas pelo sistema alimentar global sozinho. (Fonte: Global food system emissions could preclude achieving the 1.5° and 2°C climate change targets)
  • A carne bovina já é um dos principais motores do desmatamento hoje. Isso leva à destruição dos meios de subsistência de comunidades indígenas e de pequenos agricultores. Na Amazônia, o gado pasta em 63% de todas as terras desmatadas (Fonte: Meat Atlas 2021)
  • A agropecuária brasileira é o segundo setor que mais emite gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, respondendo diretamente por aproximadamente 27% de todas as emissões no País. Dentro do setor, quase 70% dessas emissões em 2020 vieram da pecuária, seja pela chamada fermentação entérica - o ruminar do gado - ou pelo manejo de dejetos de animais (Fonte: Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa)
Como, ao olhar essa situação, um casal de ativistas veganos agiu? Criando uma marca de lácteos vegetais cuja matéria prima tenha o mínimo possível de impacto e ajude na renda de dezenas de produtores sustentáveis e agroflorestais, possa ter ganho de escala enquanto ajuda a melhorar a condição do solo, tenha preço competitivo e seja nutricionalmente rico.

Mas isso não bastava: também era preciso provar que os pastos degradados pela atividade de pecuária leiteira poderiam se tornar áreas de extrema abundância alimentar, gerar muito mais ganho a médio prazo para os "homens do leite" (e tornar a prática obsoleta para a região) e, ainda, recuperar as nascentes de água e trazer de volta a biodiversidade. Então, compraram 220 hectares do pasto mais degradado possível bem no meio da área mais tradicional de pecuária de leite de Minas Gerais e estão transformando uma parte da propriedade em agrofloresta e recuperando a vegetação nativa da outra.
A história inspiradora é real e vivida pelo casal Felipe Ufo e Alexandra Soderberg, minha convidada de hoje. Alexandra é sócia-fundadora de marca de lácteos vegetais Naveia. Formada em Gestão de Recursos Naturais com foco em ciências do solo, Alex tem vasta experiência com agricultura sustentável e indústria de alimentos.
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  • O Brasil tem 100 milhões de hectares de pastagens degradadas (fonte: Projeto Pasto Forte). Nessa condição, o solo passa a não sequestrar gases do efeito estufa e colabora para o colapso climático.
  • Mesmo se todas as emissões de combustíveis fósseis fossem imediatamente zeradas, seria impossível cumprir a meta por conta das emissões geradas pelo sistema alimentar global sozinho. (Fonte: Global food system emissions could preclude achieving the 1.5° and 2°C climate change targets)
  • A carne bovina já é um dos principais motores do desmatamento hoje. Isso leva à destruição dos meios de subsistência de comunidades indígenas e de pequenos agricultores. Na Amazônia, o gado pasta em 63% de todas as terras desmatadas (Fonte: Meat Atlas 2021)
  • A agropecuária brasileira é o segundo setor que mais emite gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, respondendo diretamente por aproximadamente 27% de todas as emissões no País. Dentro do setor, quase 70% dessas emissões em 2020 vieram da pecuária, seja pela chamada fermentação entérica - o ruminar do gado - ou pelo manejo de dejetos de animais (Fonte: Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa)
Como, ao olhar essa situação, um casal de ativistas veganos agiu? Criando uma marca de lácteos vegetais cuja matéria prima tenha o mínimo possível de impacto e ajude na renda de dezenas de produtores sustentáveis e agroflorestais, possa ter ganho de escala enquanto ajuda a melhorar a condição do solo, tenha preço competitivo e seja nutricionalmente rico.

Mas isso não bastava: também era preciso provar que os pastos degradados pela atividade de pecuária leiteira poderiam se tornar áreas de extrema abundância alimentar, gerar muito mais ganho a médio prazo para os "homens do leite" (e tornar a prática obsoleta para a região) e, ainda, recuperar as nascentes de água e trazer de volta a biodiversidade. Então, compraram 220 hectares do pasto mais degradado possível bem no meio da área mais tradicional de pecuária de leite de Minas Gerais e estão transformando uma parte da propriedade em agrofloresta e recuperando a vegetação nativa da outra.
A história inspiradora é real e vivida pelo casal Felipe Ufo e Alexandra Soderberg, minha convidada de hoje. Alexandra é sócia-fundadora de marca de lácteos vegetais Naveia. Formada em Gestão de Recursos Naturais com foco em ciências do solo, Alex tem vasta experiência com agricultura sustentável e indústria de alimentos.
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